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Plano Safra: Sicoob detalha mudanças e projeta crescimento no agronegócio

Gerentes do Sicoob analisam o cenário e destacam o papel das cooperativas no suporte ao produtor rural.

Plano Safra: Sicoob detalha mudanças e projeta crescimento no agronegócio

O Plano Safra 2025/2026 está em pauta. Para entender os impactos e as expectativas do setor, o Sicoob, através das gerentes de relacionamento agro, Lizi Gandra (São Miguel do Iguaçu) e Fátima Silva (Três Fronteiras), trouxe um panorama detalhado das novidades.

Lizi Gandra, gerente de relacionamento agro do Sicoob em São Miguel do Iguaçu, iniciou a discussão com um tom de cautela. "É importante que a gente aja com cautela e com frieza para não gerar expectativas", afirmou, ressaltando a necessidade de uma abordagem realista com os agricultores.


Fátima Silva, gerente de agronegócios do Sicoob Três Fronteiras, detalhou as principais mudanças em relação à edição anterior do plano. "As principais mudanças que a gente teve foi o aumento das taxas de juros por parte do governo federal em algumas cadeias, devido ao aumento da taxa SELIC", explicou. Ela informou que o governo federal disponibilizou um montante expressivo: R$ 516 bilhões para a agricultura empresarial e R$ 78 bilhões para a agricultura familiar. O Sicoob, por sua vez, destinará R$ 60 bilhões para as 14 centrais.

As taxas de juros e os valores financiáveis também sofreram alterações. Para pequenos maquinários, a taxa permaneceu em 2,5%, com o valor financiável dobrando de R$ 50.000 para R$ 100.000. Já para tratores de até 80 CV e máquinas de grande porte, a taxa se manteve em 5%.

No Pronamp (Médio Produtor Rural), o teto de renda bruta anual foi elevado de R$ 3 milhões para R$ 3,5 milhões, e a exigência de 80% da renda vinda da agropecuária foi removida. As taxas de juros para custeio e investimento subiram de 8% para 10%, com teto de R$ 600.000 para investimento e R$ 1,5 milhão para custeio. Para o Grande Produtor Rural, com renda bruta anual acima de R$ 3,5 milhões, as taxas de custeio foram de 8,5% para 13,5% (investimento) e de 12% para 14% (custeio).

Fátima Silva enfatizou o papel crucial das cooperativas de crédito. "O papel da cooperativa é fundamental, porque a gente tem um atendimento mais humanizado do que as grandes instituições federais ou bancos privados", destacou. Ela também celebrou o crescimento do Sicoob Três Fronteiras, que superou as metas no ano safra, alcançando R$ 132 milhões em protocolos e R$ 58 milhões em efetivação, um crescimento de mais de 30%. O principal desafio, segundo ela, é a busca por recursos e o suporte à equipe para entender a necessidade do produtor e oferecer crédito com sustentabilidade.

Lizi Gandra, do Sicoob em São Miguel do Iguaçu, complementou, destacando a evolução da cooperativa na região. "A gente tem a casa nova, a evolução do agronegócio, que impulsionou a necessidade da gente ampliar e melhorar os serviços", disse. Ela reforçou o trabalho humanizado e transparente com os cooperados, tanto no setor rural quanto em outras áreas.

Apesar do aumento das taxas, o Sicoob não enfrentou falta de recursos em 2024, com um grande volume disponível para atender às demandas. Fátima Silva fez um convite aos produtores rurais: "As linhas de custeio para a safra 2025/2026 já estão abertas, então convido a todos os produtores a virem conhecer o Sicoob".

Por fim, o Sicoob reforça o compromisso com a sustentabilidade, oferecendo programas adicionais, como uma premiação de R$ 40.000 para pequenos produtores que cuidam de suas lavouras. Além disso, há convênios com o governo do estado do Paraná, como Fomento Paraná e Banco do Agricultor, que oferecem subsídios em linhas como energia solar e irrigação no Pronaf.

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