Um professor da rede pública foi preso na terça-feira (25) suspeito de importunar sexualmente pelo menos nove alunas em uma sala de aula, em Maringá, na região norte do Paraná. O caso é investigado pelo Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes da Polícia Civil no município.

O g1 tenta localizar a defesa do suspeito, mas ainda não conseguiu contato.

De acordo com a delegada Karen Friedrich Nascimento, os casos ocorreram em novembro de 2022 em um colégio estadual do município. As alunas têm idades entre 12 e 14 anos.

"Recebemos denúncias de diversas alunas dando conta que esse professor assediava as alunas dentro da escola e praticava também o crime de importunação sexual, chegando a tocar no corpo das alunas, além do relato de que ele pedia fotografias de cunho pornográfico", explicou.

Segundo relato das vítimas à delegada, o suspeito fazia ameaças caso denunciassem o caso.

"Ele perseguia, coagia, intimidava essas alunas dentro da escola. Ele chegou a ir atrás de uma aluna quando o caso foi parar na direção", disse.

As vítimas estão sendo acompanhadas por uma equipe especializada, entre eles psicólogos do Nucria.

Policiais cumpriram mandados de busca e apreensão na casa do suspeito e apreenderam um notebook e um celular. Os aparelhos serão periciados.

O suspeito foi contratado por Processo Seletivo Simplificado (PSS) e dava aulas de português a alunos com Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).

Outra investigação por estupro de vulnerável

Segundo a delegada, o professor já é investigado por prática de estupro de vulnerável em Paiçandu, na mesma região. O caso ocorreu em maio de 2022 e foi transferido para Maringá.

"Foi registrado um boletim de ocorrência por uma adolescente de 12 anos contra o professor", disse.

O suspeito será ouvido nos próximos dias. Ele deve responder por importação sexual e assédio sexual.

Em nota, a Secretaria de Estado da Educação (Seed) disse que o professor responde por um processo disciplinar interno e que o material foi encaminhado à delegacia. O docente, segundo a pasta, disse que o suspeito chegou a ser afastado no início de 2023 devido às denúncias.

A pasta disse ter orientado os pais e responsáveis a registrar boletim de ocorrência em casos semelhantes.

Fonte: G1