A 18 dias do fechamento da janela de transferências, o Grêmio corre atrás de reforços. Depois da classificação na Copa do Brasil, o técnico Renato Portaluppi cobrou contratações e disse que é necessária a chegada de novos jogadores para brigar por títulos.

O período para novas aquisições iniciou no dia 3 de julho. Desde então, o Grêmio anunciou apenas o meia-atacante Iturbe como reforço. No entanto, ainda não é o suficiente na visão do comandante.

Nos últimos meses, o clube acumulou mais saídas do que chegadas e agora corre contra o tempo para suprir carências do elenco, já apontadas pelo treinador. Vina deixou o Grêmio, negociado com o Al Hazam, da Arábia Saudita. Lucas Silva foi para o Cruzeiro. Thomas Luciano foi para o Gil Vicente, em Portugal. Antes, Diogo Barbosa tomara o caminho do Fluminense.

As maiores necessidades são do meio para frente. As mais claras são para as posições de centroavante e extrema. Iturbe chegou como um negócio de ocasião, de um jogador que estava livre no mercado, e é uma espécie de aposta do departamento de futebol.

A permanência de Suárez em Porto Alegre, sem a viagem para consulta em Barcelona ou uma negociação com o Inter Miami, influencia na busca para o ataque. Com o “fico” do uruguaio, o Tricolor foca na contratação de um centroavante reserva.

- Agora é hora de recolocar jogadores no grupo. Precisamos de reforços. A gente vem conversando, mas perdemos nos últimos 30 dias quatro jogadores. Tem que repor. Estamos trabalhando com 14 garotos. O garoto tem que soltar na hora certa. Gosto de trabalhar com eles, mas pelas pretensões do Grêmio precisamos de reforços. Tem que repor, porque está ficando com pouca gente - cobrou Renato Portaluppi.

O nome de Alexis Sánchez chegou a ser pauta nos bastidores. No entanto, o avanço em uma possível negociação com o atacante chileno dependeria da saída em definitivo do atual camisa 9. Ter Sánchez e Suárez juntos no elenco é considerado financeiramente inviável para o clube gaúcho.

O clube mantém a procura por um atacante de lado. O principal nome, e que ainda não está descartado, é o de Michael. O Grêmio tentou empréstimo pelo jogador, mas sem liberação do Al Hilal. Os valores de um negócio em definitivo, mesmo com a ajuda do empresário Celso Rigo, investidor, são considerados altos.

Não é de agora que o Tricolor alimenta o interesse no jogador. Renato tem uma relação muito próxima com Michael e é o que mantém a esperança na contratação do atacante.

- Tenho conversado com o Michael. Ele sempre desejou vir para o Grêmio. Falou que se voltasse ao Brasil, seria o Grêmio, para trabalhar comigo. O Tio Patinhas (Celso Rigo) quer ajudar, mas a parte financeira é com a diretoria. Você pede por empréstimo e não querem, só querem vender. Eles têm conversado. Todos estão de acordo, mas ninguém vai fazer loucuras. Vamos ver o que vai acontecer - esclareceu o treinador.

Na última semana, Renato revelou também o interesse em trazer Luan de volta para Porto Alegre. Ídolo do Grêmio, o jogador está afastado no Corinthians desde o ano passado e não atua desde novembro de 2022, quando estava no Santos, por empréstimo.

Depois de superar o Bahia nos pênaltis e avançar às semifinais da Copa do Brasil, Renato voltou a falar do assunto e disse que conversaria com o presidente Alberto Guerra sobre o tema. Apesar de o treinador pedir a contratação do atleta, não há consenso na diretoria por uma investida em Luan.

- O Luan me ligou na sexta-feira. Vou trocar uma ideia com o Antônio (Brum, vice de futebol), com o (Alberto) Guerra (presidente) e com o Luis (Vagner, executivo). Eu só opino. Sempre temos três ou quatro pessoas que opinam. Eu estava ligado nesses dois jogos. Agora o assunto vai voltar à tona e vamos trocar ideias - explicou o treinador.

A janela de transferências fecha para a chegada de jogadores no dia 2 de agosto. Ao mesmo tempo que o departamento de futebol sabe da necessidade de contratar, a diretoria tem um limite de gastos e não pretende fazer movimentos que possam comprometer a saúde financeira do clube.

A prioridade são jogadores que podem se encaixar no melhor modelo de negócio para o Grêmio. Neste caso, são jogadores aceitam vir por empréstimo ou como foi Iturbe, ou seja, atletas que ficam livres no mercado e que não há necessidade de compra.

Fonte: GE