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Santa-helenense Celsi Sandmann é vencedora de prêmio nacional pela Lar Cooperativa Agroindustrial

Celsi Sandman trabalha há 35 anos com a atividade de suinocultura e 16 anos com avicultura.

  • 22/04/2021
  • Foto(s): Rodrigo Cardoso
  • Região
Santa-helenense Celsi Sandmann é vencedora de prêmio nacional pela Lar Cooperativa Agroindustrial

O potencial do cooperativismo e a produção de animais na região oeste do Paraná foi mais uma vez reconhecida nacionalmente. O Prêmio Quem é Quem que celebra o trabalho de milhares de famílias do campo, premiou 12 vencedores em 11 categorias ligadas ao agronegócio.

A Lar Cooperativa Agroindustrial faturou três prêmios sendo nas categorias: Mulher Cooperada, Biomassa e Bioenergia e Inovação. Entre os vencedores, a produtora santa-helenense Celsi Sandmann, recebeu o prêmio de Mulher Cooperada. 


Celsi Sandmann, casada, mãe de três filhos, trabalha há 35 anos com a atividade de suinocultura e 16 anos com avicultura. Além disso, a família possui gado de corte. 

No começo o casal iniciou a atividade no campo com a aquisição de apenas um alqueire de terra e atualmente a família possui 13 alqueires. São seis aviários, três granjas de suínos, gado de corte, além da família Sandmann possuir veículos próprios para o transporte de animais e gerar emprego e renda para diversas famílias.

Associada a Lar cooperativa desde 1982 e ao Sistema de Crédito Cooperativo Sicredi, a santa-helenense, natural de Lajeado-RS, recebeu a Costa Oeste FM 93,3 em sua casa e nos contou a alegria de receber um dos maiores prêmios do país ligados ao agronegócio brasileiro.

Ouça a entrevista abaixo.


Biografia

Nascida em 27 de novembro de 1954, em Lajeado/RS; filha mais velha de uma família de doze irmãos e pais agricultores. Aos 3 anos de idade sua família mudou-se para Concórdia/SC; antes da aquisição de terra própria seus pais eram arrendatários de terra. Incentivada pelos pais, ambos analfabetos, ingressou na escola aos sete anos de idade, atingindo a necessidade familiar de letramento em Matemática e na língua Portuguesa devido a seu excelente desempenho escolar. 

Desde muito pequena trabalhava com os pais na produção de grãos, gado leiteiro e suínos; atividades estas desenvolvidas manualmente. Teve uma infância difícil até mesmo para a época, a escola era distante e tinha que trabalhar muito. Na juventude foi catequista e quis muito continuar estudando para se tornar professora, mas só foi possível estudar até a quarta serie.  

Em 1974, aos 19 anos casou-se e, com seu marido mudou-se para o Paraná passando a trabalhar em um comércio familiar, porém, devido às dificuldades da época, decidiram voltar à Santa Catarina passando a arrendar terra. Viveram quatro anos difíceis naquela região, onde tiveram dois filhos. As dificuldades eram tantas que com filhos recém-nascidos desenvolviam seus trabalhos na lavoura levando-os junto. Com trabalho árduo, de sol a sol, juntando suas economias compraram um alqueire de terra em Santa Helena no Paraná, nesse momento decidiram que ela ficaria trabalhando na propriedade, enquanto o esposo trabalharia fora. 


Do trabalho como boia fria à aquisição de um pequeno rebanho de gado leiteiro, a agricultora continuou à frente da propriedade. Com seriedade e empreendedorismo, em 1982, se tornaram associados da cooperativa Lar, onde começou a participar e conhecer o cooperativismo. Em 1991 tiveram mais uma filha, que hoje está fazendo a sucessão familiar. Pouco depois Celsi conseguiu realizar um sonho antigo de voltar a estudar e concluiu o ensino médio. 

Com a mudança de perfil da cooperativa, de agrícola para agroindustrial, as oportunidades começaram a ficar mais claras e o futuro se desenhava mais empolgante, e ela começou a participar mais ativamente se associando também e fazendo parte do comitê feminino, participou de cursos como o empreendedor rural, que a levou a apostar na avicultura, iniciando com um aviário de corte e posteriormente ampliando a atividade. 


Durante sua jornada como mãe, agropecuarista, passou a frequentar grupos de mulheres empreendedoras, estando à frente das principais mudanças ocorridas no sistema agropecuário familiar. Recuperou a saúde, a autoestima e fez despertar uma avicultora de sucesso. Hoje o casal tem 13 alqueires, 6 aviários, 3 granjas de suínos, gado de corte para reaproveitamento de dejetos nas pastagens, 4 caminhões porcadeiros, uma carreta graneleira. Sob as mãos do cooperativismo, construiu uma história que começou desesperançosa, mas hoje se mostra bela, otimista e feliz. 


Fonte: Costa Oeste News

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