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Exportação de frango em fevereiro surpreende; mercado interno ainda patina

China permanece líder nas importações, mas outros países ajudaram a atingir recorde; alta do frango vivo no Brasil está ligada ao aumento de insumos.

Exportação de frango em fevereiro surpreende; mercado interno ainda patina

O recorde de volume embarcado de carne de frango em fevereiro surpreendeu os agentes do mercado, de acordo com a pesquisadora do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq), Juliana Ferraz. Segundo ela, apesar de a China permanecer liderando como principal destino para o produto, foi o aumento na compra por outros países que ajudou a puxar o volume, como Arábia Saudita, Japão, Emirados Árabes e África do Sul. (Áudio abaixo)

Segundo informações do Cepea, as exportações brasileiras de carne de frango (in natura e processada) atingiram R$ 348,4 mil toneladas, representando o maior volume para o mês desde o início da série da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), em 1997.

Juliana explica que as razões para o aumento inesperado nas exportações ainda estão sendo analisadas pelos pesquisadoras, mas antecipou que entre os motivos está a crise sanitária que atingiu, principalmente, a Ásia, com surtos de Peste Suína Africana, gripe aviária e coronavírus.

No mercado interno, segundo ela, as vendas de frango ainda patinam. "Apesar de termos visto alguns reajustes positivos para o frango vivo, o aumento está mais atrelado à alta dos insumos do que à venda". 

Neste caso, de acordo com a pesquisadora, quem se beneficia são as agroindústrias habilitadas para exportar o produto, que acabam vendo boas oportunidades com o atual patamar do dólar e a demanda externa aumentando devido às crises sanitárias. 

"No caso dos frigoríficos que atendem exclusivamente a demanda doméstica, a questão fica mais complicada, porque estão tendo que pagar mais caro pelo frango vivo e não conseguem repassar o reajuste integral ao consumidor final, que ainda é reticente em pagar valores mais altos pela carne de frango". 

Para os próximos meses, a situação dos custos de produção deve continuar com insumos como milho e farelo de soja em patamares altos. "No curto prazo, pelo menos, os insumos devem permanecer caros. A expectativa é que em julho, com o começo da colheita da safrinha de milho, os preços devam melhorar". 

 

Fonte: Notícias Agrícolas