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Mentor intelectual de ataque a escola do Paraná foi investigado por terrorismo, diz delegado

Jovem teria planejado ataques em Pernambuco; ele também respondeu por armazenar material de 'pornografia infantil'.

Mentor intelectual de ataque a escola do Paraná foi investigado por terrorismo, diz delegado

Apontado pela Polícia Civil do Paraná como mentor intelectual do ataque a uma escola de Cambé (PR) no dia 19 de junho, o jovem de 18 anos que vive em Gravatá (PE) foi investigado por terrorismo no ano passado, quando era menor de idade, de acordo com o delegado-chefe da Polícia Civil em Londrina (PR), Fernando Amarantino Ribeiro.

A reportagem ainda não conseguiu contato com a defesa do jovem, que está preso.

Em outubro de 2022, então com 17 de anos de idade, ele foi investigado por suspeita de terrorismo, por planejar ataques a escolas em Pernambuco. “Ele respondeu a um procedimento, e o caso foi encaminhado à Vara da Infância e Juventude”, disse Ribeiro.

De acordo com o delegado, os ataques em Pernambuco só não foram concretizados porque a investigação policial os teria descoberto a tempo.

À época, durante as buscas na casa do jovem, a Polícia Civil também localizou imagens de ‘pornografia infantil’ nos eletrônicos apreendidos com o estudante, que trabalhava com o pai em um pequeno comércio na cidade do interior pernambucano.

Agora ele é suspeito de ser o mentor intelectual do ataque ao Colégio Estadual Professora Helena Kolody, em Cambé. Ele está preso desde o dia 21 e foi indiciado nesta quarta (28) por homicídio qualificado. Dois adolescentes foram mortos no ataque, executado por um ex-aluno da escola, de 21 anos. Ele entrou sozinho no colégio e disparou ao menos 16 vezes contra os estudantes.

O atirador paranaense e o jovem de Pernambuco teriam se conhecido em 2021 por meio das redes sociais e estariam planejando o ataque desde então.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, o jovem teria cogitado realizar em Pernambuco um ataque paralelo ao de Cambé, no mesmo dia.

“O que chama a atenção é que a complexidade desta investigação vem muito por causa do conhecimento técnico desses jovens. Eles trocam de nomes e apelidos como a gente troca de roupa, é um jogo de gato e rato. Têm conhecimento para acessar um computador de Pernambuco com o IP em Santa Catarina”, disse Ribeiro.


A plataforma Discord também é investigada. Segundo o delegado, o aplicativo foi usado pela “célula” na preparação do ataque. A reportagem entrou em contato com a empresa e aguarda resposta.

“Pessoas criam comunidades [nas plataformas] e ali conversam e compartilham crueldades. Esse jovem de Pernambuco era detentor de um desses grupos, e à medida que a pessoa pratica maldade, recebe bônus monetário em dinheiro ou ganho hierárquico dentro do grupo. Se ela mata um animal, induz uma pessoa a automutilação, mata outra pessoa ou faz um ato como esse em Cambé, passa a ser administradora do grupo ou ganha dinheiro”, disse Ribeiro.

Questionado sobre os valores pagos pelos atos de crueldade, o delegado respondeu que a investigação ainda precisa se aprofundar e que os pagamentos eram realizados por contas bancárias de terceiros. “Estamos na fase de identificação dessas contas.”

Além de prender o jovem de 18 anos, na semana passada a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão na casa dele em Gravatá.

“O material está apreendido na Polícia Civil de Pernambuco e será trazido de lá por um policial nosso, para que possamos aprofundar ainda mais a investigação [sobre a rede de crimes], não em relação ao fato de Cambé, que está solucionado”, afirmou o delegado-chefe.

Fonte: Banda B

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