O Expedição Costa Oeste segue visitando as lavouras de milho afetadas pelas geadas. A paisagem que encontramos já na chegada é um indicativo de que que as geadas também castigaram o interior de Matelândia, no oeste do Paraná. O único verde que é possível ser visto é das lavouras de trigo, que contrastam com atual paisagem totalmente seca.  Nesta semana as geadas voltaram com força na região, registrando temperaturas negativas, segundo Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná).  

Voltando para Matelândia, as plantações de milho não foram poupadas, já nas primeiras geadas do ano. A família Marini projeta resultados distintos na sua propriedade. A lavoura que foi plantada mais cedo, no dia 12 de fevereiro, terá as menores perdas. 

Mas, nem tudo é culpa das geadas, a seca também atrapalho nesta temporada.  Motivo pelo qual o agricultor Réges, plantou a outra lavoura mais tarde, no dia 28 de fevereiro, e o resultado não foi bom.

Outro setor está sendo afetado na propriedade da família Marini. A produção de leite. O milho utilizado para silagem foi prejudicado e o valor nutritivo do alimento para as vacas está muito abaixo do esperado.  

A colheita está começando na região. Segundo os números preliminares do Deral (Departamento de Economia Rural), a estimativa sobre a safra 2021 no Paraná era de 15 milhões de toneladas do grão, volume que pode cair para menos de 7 milhões de toneladas. Mas, enquanto estes dados ficam em aberto à espera do resultado da colheita é possível consultar outra referência, os pedidos de seguro. De acordo com a Cresol Costa Oeste, 60% agricultores cooperados já solicitaram o Proagro. 

No dia 28 de julho foi comemorado o dia do agricultor, um dos dias mais representativos para o agronegócio brasileiro. E a palavra que pode definir este povo que não para, é perseverança.   

Fonte: Costa Oeste News