Ouça ao vivo
Rádio Costa Oeste 106,5 FM

106,5 FM

Rádio Costa Oeste

Rádio Independência 92,7 FM

92,7 FM

Rádio Independência

Rádio Cultura 820 AM

820 AM

Rádio Cultura

Rádio Terra das Águas 93,3 FM

93,3 FM

Rádio Terra das Águas

Rádio Guaíra 89,7 FM

89,7 FM

Rádio Guaíra

Morte na Ponte: nova testemunha pode dar novos rumos à investigação

Ademir Gonçalves Costa morreu em janeiro de 2017

Morte na Ponte: nova testemunha pode dar novos rumos à investigação

Uma nova testemunha apresentada nesta semana pelos advogados da família de Ademir Gonçalves Costa pode dar novos rumos à investigação do caso. O homem de 39 anos morreu em janeiro de 2017, durante uma abordagem da Receita Federal, na Ponte da Amizade, em Foz do Iguaçu.

A testemunha trabalhava na funerária a qual o corpo de Ademir foi encaminhado. Durante a preparação do corpo, o funcionário relatou ter encontrado sacos plásticos com uma substância semelhante à farinha.

Conforme o advogado da família, Wilson Neres, o material devia ter sido colhido pelo IML (Instituto Médico-Legal) e encaminhado para perícia, já que Ademir, que trabalhava como vendedor, era acusado de estar transportando drogas no estômago, do Paraguai para o Brasil.

Segundo Neres, a testemunha foi apresentada à Polícia Federal, que investiga o caso. Entretanto, o delegado responsável pelo inquérito recusou-se a ouvi-la. O advogado da família recorreu à Justiça Federal, que deu prazo de 48 horas para que o delegado se manifeste sobre a recusa.

AGRESSÕES
Wilson Neres revelou ainda que a testemunha constatou diversos sinais de agressão no corpo de Ademir. "Ele relatou ter encontrado lesões visíveis na região abdominal, no pescoço, boca e lábios".

Para o delegado, a nova testemunha é fundamental para que a morte de Ademir seja devidamente esclarecida.

EXUMAÇÃO
No fim de outubro, foi realizada uma nova exumação do corpo de Ademir, após pedido dos advogados da família, que alegavam divergências entre o laudo oficial do IML e de um laudo realizado por peritos contratados por familiares.

Conforme Neres, o resultado do laudo é aguardado para que o processo possa seguir. O prazo inicial de 90 dias venceu no início de fevereiro deste ano. No entanto, a pedido do delegado da PF, o prazo foi postergado por mais 90 dias.

O CASO
Ademir Gonçalves Costa seguia retornava de Cidade do Leste, no Paraguai, para Foz do Iguaçu quando foi abordado por agentes da Receita Federal. Segundo o órgão, o homem resistiu à abordagem e acabou detido.

A Receita Federal afirmou ainda que o homem transportava drogas no estômago. O laudo oficial do IML constatou que a morte teria sido provocada por intoxicação exógena - causada por substâncias encontradas no organismo do homem.

Já um laudo particular contratado pelos advogados da família apontou que o vendedor foi morto por asfixia direta e indireta. "Esse laudo apontou muitos sinais de asfixia: o spray de pimenta utilizado pelos agentes; houve compressão da caixa torácica, em seguida ele foi colocado em uma cabine sem ventilação. Tudo isso contribuiu para a morte", ressaltou o advogado André Vitorassi, em entrevista à CATVE, em outubro do ano passado.

Fonte: Catve