Ouça ao vivo
Rádio Costa Oeste 106,5 FM

106,5 FM

Rádio Costa Oeste

Rádio Independência 92,7 FM

92,7 FM

Rádio Independência

Rádio Cultura 820 AM

820 AM

Rádio Cultura

Rádio Terra das Águas 93,3 FM

93,3 FM

Rádio Terra das Águas

Rádio Guaíra 89,7 FM

89,7 FM

Rádio Guaíra

Cai volume de carga transportada por trem no PR

  • 05/01/2016
  • Foto(s): Gazeta do Povo
Cai volume de carga transportada por trem no PR
A baixa participação do modal ferroviário no transporte de cargas no Pais é um dos fatores apontados pelos técnicos como de maior impacto no Custo Brasil. O trem precisa carregar uma parte mais expressiva da produção nacional para a economia brasileira ganhar competitividade. Hoje, não leva mais que 30%.

Uma pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT), divulgada nesta semana, compara a capacidade do modal ferroviário brasileiro com o de outros países. Em relação aos Estados Unidos, por exemplo, a densidade ferroviária é praticamente nove vezes maior (32 contra 3,6). A medida representa a relação entre um quilômetro de trilho por mil quilômetros de território. Outro grande concorrente brasileiro na produção de grãos, a Argentina tem uma densidade ferroviária 3,5 vezes maior (13,5 contra 3,6).

Apesar disso, o modal pouco tem evoluído no País. E o que é pior, no Paraná, ele andou para trás em 2014. O volume de cargas transportadas sobre trilhos do interior para o porto diminuiu cerca de 5% na comparação com os três anos anteriores, segundo a Pesquisa CNT de Ferrovias 2015. No ano passado, o trem levou 46 milhões de toneladas úteis para Paranaguá, contra uma média de 48,5 milhões de toneladas úteis por ano de 2011 a 2013. O trecho Londrina/Apucarana foi o que mais apresentou redução: de 6,5 milhões de toneladas úteis em 2011 para 5,7 milhões de toneladas úteis em 2014 (-12%).

A CNT analisou 66 trechos de 13 corredores em todo o País. O corredor Paranaguá, concedido para a América Latina Logística Malha Sul (ALLMS), tem 959,9 quilômetros de trilhos, com ramais que se inciam em Londrina, Maringá e Guarapuava em direção a Ponta Grossa e, na sequência, ao porto.

Atualmente, são transportados pela ferrovia açúcar, soja, milho, farelo de soja, óleo diesel, álcool, contêineres, cimento acondicionado, cloreto de potássio, gasolina e calcário corretivo.

Em nota enviada à FOLHA, a ALL alegou que a movimentação foi impactada pela diminuição nas exportações de granéis sólidos em 2014. "No primeiro semestre, a redução de demanda da China levou a uma queda no volume transportado de soja. No segundo semestre, os Estados Unidos apresentaram safra recorde de milho, reduzindo o preço internacional, afetando as exportações brasileiras e consequentemente nossos volumes transportados", afirma a empresa.

Para o assessor técnico da Federação da Agricultura do Paraná (Faep), Nilson Hanke Camargo, a redução no transporte ferroviário da ALLMS não o surpreende. "Há uma série de problemas com o modal no País. ?? difícil conseguir contratar frete. As concessionárias costumam fidelizar clientes que têm carga o ano inteiro, como os de açúcar. Pouca gente que trabalha com exportação de grãos consegue fidelizar", declara. Ele reclama que falta estrutura para o sistema ferroviário brasileiro. "Não há vagões suficientes, os trilhos também não comportam tanta carga", afirma.

O diretor executivo da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Bruno Batista, ressalta que, ao contrário do que ocorreu no corredor Paranaguá, a produção das ferrovias aumentou no País. "?? claro que há deficiências, que a malha tem de melhorar em termos de extensão e qualidade, mas, mesmo com dificuldades, a produção vem aumentando lentamente", declara.

Batista ressalta que os baixos investimento em infraestrutura por parte do poder público e a existência de gargalos operacionais comprometem a eficiência do setor. Em áreas urbanas, as composições chegam a reduzir em oito vezes a velocidade, de 40 quilômetro por hora para 5 quilômetros por hora.

Dos 66 trechos pesquisados pela CNT, 40 operam com velocidade média até 20 quilômetros por hora, sendo a mais alta, 51 quilômetros por hora. Na Malha Sul da ALL, a velocidade vai de 18 a 34 quilômetros por hora. Questionada sobre as razões de o trem não poder ir mais rápido, a assessoria da concessionária justifica que a velocidade é estabelecida pela agência reguladora, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Também por meio de nota, a agência informa que não tem regulamentação de velocidade. "Ocorre que, eventualmente, a ANTT estabelece restrições à velocidade das composições ferroviárias em razão da baixa qualidade da ferrovia, via de regra, por falta de manutenção", diz a assessoria do órgão.

Fonte: Agrolink

Envie sua Notícia, vídeo, foto
(45)99102-5533