O Costa Oeste News teve a oportunidade de entrevistar nesta terça-feira (27) a diretora do Procon em São Miguel do Iguaçu, Adriana Moretto, que destacou diversos pontos sensíveis no cenário do comércio local. Entre os temas abordados, Moretto mencionou as dificuldades enfrentadas pelo Procon na defesa dos direitos do consumidor.

"Estamos enfrentando alguns problemas, algumas resistências por parte de empresários, do comerciante na hora de facilitar para o consumidor. O consumidor ele tem que ser respeitado, então às vezes, a gente acaba tendo uns impasses com alguns comércios", afirmou.

Quando questionada sobre a predominância de reclamações em relação a compras online (marketplace) ou em lojas físicas, a representante do Procon observou que há uma diversidade de ocorrências, mas ressaltou que o comércio local tem sido palco de muitos problemas.

"Tem um pouco de tudo, mas tá tendo bastante problema com loja física no comércio local. São situações que podem ser evitadas. Eu tô aqui justamente para orientar o consumidor e o comerciante para que sejam mais flexíveis na hora de lidar com o consumidor", explicou.

Adriana também abordou as queixas dos consumidores em relação aos preços, destacando a falta de transparência na precificação dos produtos.

"Foi enviado um documento para Acismi para orientar esses lojistas, para colocarem o preço na vitrine, é lei! E nos mercados o que a gente vê, é a questão da falta do preço nos produtos, principalmente nas ilhas de congelados", pontuou a representante do Procon.

Outro ponto abordado foi o problema relacionado aos cartões de crédito consignado, no qual Adriana destacou as práticas abusivas e a falta de esclarecimento por parte das instituições financeiras.

"O aposentado ele vai no INSS, ele tá vendo que tá tendo um desconto no benefício dele, ele fala: 'mas eu não tenho cartão de crédito', muitas vezes não aparece o cartão físico, mas é o limite já depositado. Esse cartão consignado que é dado como um empréstimo, uma modalidade híbrida, não terá fim, e aí vira bola de neve", explicou.

Adriana Moretto enfatizou a necessidade de buscar orientação e, se necessário, assistência jurídica diante de contratos unilateralmente redigidos pelas instituições financeiras, destacando a falta de clareza e orientação nesses processos.

Fonte: Costa Oeste News