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Diretor do Museu de Missal relata desafios dos Pioneiros ao chegarem no município há 59 anos atrás

Ele contou um pouco da história do município como forma de manter os diversos causos vivos na memória de todos.

  • 27/07/2022
  • Foto(s): Assessoria Missal
  • Região
Diretor do Museu de Missal relata desafios dos Pioneiros ao chegarem no município há 59 anos atrás

O Diretor do Museu de Missal, José Schneiders (Chico Padeiro), durante a homenagem aos pioneiros, trouxe algumas lembranças dos tempos difíceis de chegada em Missal. Ele contou um pouco da história do município como forma de manter os diversos causos vivos na memória de todos.

Chico relembra que antes de fazer a mudança (para Missal), os vizinhos diziam: “vão morar no sertão do Paraná, lá tem muitos tigres e é tudo mato”. Relembrou ainda que durante a viagem de mudança, ao atravessar o Rio Uruguay com a balsa, diziam: “Adeus, Rio Grande do Sul”.

Lembrou ainda que ao passar pelo Parque Nacional, pelas estradas de chão vermelho com muitos atoladores, e obrigavam os motoristas de caminhão a seguir em comboio para vencer os atoleiros. De passar a noite dormindo embaixo do caminhão em pleno Parque Nacional. “No dia seguinte, ao passar pelo riacho, os caminhões eram puxados com cordas para vencer a subida e os atoleiros”, relata. 

De acordo com José Schneiders, ao adentrar pelas terras de Missal, passar pelo Rio Ocoí em pleno leito era mais um desafio. “Na chegada em Missal, um sertão fechado e vislumbrante, com revoadas de papagaios, periquitos, tucanos, o cantar do nambu e do xororó, a presença de jacus, cachorros do mato.  Ao amanhecer e anoitecer, catetos e muitas cobras, muita chuva e muito barro”, relata. 

“Aos poucos, começava a roçada no mato, para a derrubada de árvores. Os pioneiros trouxeram juntas de bois, cachorros de caça, porcos, vacas para auxiliar no seu trabalho e sustento, além de buscar mandioca em diversos lugares distantes: Mara Lúcia, Fazenda Boff, Medianeira, entre outros lugares. No primeiro ano, queima de galhos para iniciar o plantio de feijão, milho e mandioca”, acrescenta. 

Chico cita que aos domingos de manhã, toda família tinha o dever de ir à missa. Depois, jogar caçador no meio da rua, ou futebol. “Também procurávamos cereja, gabirobas, jaracatiá, entre outras frutas. Contemplávamos as árvores gigantes, majestosos ipês, perobas, marfins, canafístulas, entre outras árvores. Nossos pais visitavam os vizinhos recém-chegados de mudança do Sul”, continua.

Nas lembranças o destaque de que muitos pioneiros já não estão presentes. “Mas deixaram seu legado e exemplo de muita coragem, superação de desafios, na esperança de um futuro melhor para as próximas gerações”, avalia. “Nossos valentes motoristas, incansáveis, também contribuíram para a colonização, enfrentando muitos atoleiros, muitas noites sem dormir para alimentar suas famílias, contribuindo com o progresso de Missal”, exclama. 

E para finalizar parabenizou os colonos e motoristas e a todo o município de Missal pelos 59 anos de fundação. “Que Deus abençoe esta linda terra do Sul do Brasil. Assim diz o nosso hino. Parabéns a todos os pioneiros e motoristas missalenses. Que Deus continue os abençoando, sempre!”, finalizou.

Fonte: Assessoria Missal