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Parto de bebê filho de pais surdos é acompanhado por intérprete de libras

O bebê Márcio nasceu em Francisco Beltrão, com 3,05 kg e ouvinte

  • 23/04/2019
  • Foto(s): Arquivo pessoal
Parto de bebê filho de pais surdos é acompanhado por intérprete de libras

Uma paciente com deficiência auditiva foi acompanhada de uma intérprete durante o parto do filho em Francisco Beltrão, no sudoeste do Paraná. Foi a primeira vez que um parto foi traduzido em gestos na cidade, segundo os médicos.

Além de Vanessa Dias da Silva, o marido, Ozéias Oliver, também é surdo. Eles disseram ter se assustado quando descobriram que teriam um filho. Porém, o filho do casal, Márcio, nasceu com 3,05 kg e não é portador da deficiência.

"O bebê nasceu e é ouvinte. Ele estava chorando e eu consegui sentir! Nossa, essa é a vida do meu filho", contou a mãe.

 Muitas dúvidas cercaram o casal durante a gestação. Quando iam ao médico, não entendiam no que o profissional falava. Assim como o médico também não entendia o casal.

A mãe de Vanessa ia nas consultas, mas ela não conseguia passar as informações para os pais, já que ela não fala a língua de sinais. Vanessa não sabia nem se o parto seria natural ou cesárea, nem outros detalhes importantes.

Foram nove meses de preocupação, até que um dia antes do parto, ela pediu ajuda da Maria Daniela Mendes, que é intérprete da língua de sinais.

"No momento em que o bebezinho nasceu, o médico falou como fala para todas as mães: 'nasceu em tal horário', e eu pude passar essa informação para ela. Além da Vanessa não ouvir, tinha aquele pano que a isolava, então ela também não conseguia ver. Com essa simples informação, escorria lágrimas. Foi uma realização", relatou a intérprete.

O bebê Márcio nasceu no dia 5 de abril. "A Dani chegou e durante a consulta recebi a informação sobre o meu filho na minha língua pela primeira vez. Me senti aliviada. Eu perguntava, ela me explicava", contou a mãe por meio de sinais.

A acessibilidade que o casal teve no parto é uma luta diária de quem não escuta. "O surdo não tem acessibilidade nos bancos, em consultórios, no próprio trabalho, em mercados, em lugar nenhum", disse Maria Daniela.

 

Fonte: G1