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Faxineira suspeita de fazer abortos clandestinos é presa

Ao investigar o caso, a Polícia Civil conseguiu acesso ao WhatsApp da jovem, onde encontrou todo o histórico de suas conversas.

Faxineira suspeita de fazer abortos clandestinos é presa

Uma faxineira de 40 anos de idade foi presa na tarde desta sexta-feira (13) em Campo Grande, bairro da zona oeste do Rio de Janeiro, acusada de fazer abortos ilegais e, com a prática, ter provocado a morte de uma estudante de 20 anos.

Glaycy Kelly Sobral do Nascimento morreu no dia 28 de julho, após dar entrada na emergência de um hospital na Baixada Fluminense, com sangramento na vagina e fortes dores abdominais.

Os médicos suspeitaram de complicações em decorrência de aborto e avisaram a polícia. Ao investigar o caso, a Polícia Civil conseguiu acesso ao WhatsApp da jovem, onde encontrou todo o histórico de suas conversas. Lá foi possível ver a combinação de Glaycy com a faxineira, que foi indicada por uma amiga.

A vítima dizia que sua família não sabia da gravidez e que, provavelmente, estaria no primeiro mês de gestação --ela havia acabado de descobrir com um teste de farmácia.

A suspeita então responde que era melhor resolver logo, e diz que custará R$ 1.200. A jovem ainda pede um desconto e diz que tem R$ 1.000, e as duas combinam o procedimento na casa da faxineira. Ela foi presa no mesmo local.

No dia seguinte, Glaycy morreu no pronto-socorro. Nas mensagens de celular, a vítima ainda escreve para a faxineira reclamando de fortes dores, dizendo que está indo para o hospital.

Segundo as investigações e laudos necroscópicos, o feto tinha cerca de quatro meses. A tentativa de aborto em estágio tão avançado da gravidez provavelmente foi o que ocasionou a morte também da mãe.

De acordo com o delegado Willian Pena Júnior, responsável pelo caso, a suspeita foi indiciada por homicídio doloso. "Ela foi acusada de homicídio doloso porque, além da prática ilegal, ela não possuía nem sequer alguma formação na área de biomédicas e não tinha qualificação nenhuma para fazer isso", afirma o delegado.

"Já identificamos pelo menos mais duas pessoas que passaram pelo procedimento com esta mulher, uma delas que indicou o serviço para a vítima. A gente não descarta que haja outras vítimas. Estamos averiguando pelo menos outra mulher que foi parar no hospital depois de fazer o aborto clandestino."

Segundo Pena Júnior, de acordo com depoimentos de testemunhas, os abortos eram feitos na casa da faxineira, sobre uma cama em um dos quartos. "Era um negócio inacreditável. Parece que ela enfiava uma seringa grande na vagina da vítima e injetava um líquido que só ela sabe o que era."

A suspeita está presa temporariamente por 30 dias por decisão judicial, para que a investigação seja feita. Na delegacia, ela negou as acusações, afirmou que teve o celular furtado recentemente e que não foi a responsável pelas mensagens trocadas com a vítima. O advogado dela não foi localizado para comentar o caso.

A vítima vivia com a família em Duque de Caixas, na Baixada Fluminense.

Fonte: UOL