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Grupo Fienile traz Tecnologia Irriluce ao Oeste do Paraná e ao Paraguai

Após firmar parceria com o PTI e fazer contato com faculdades e universidades locais, o Grupo divulgou a suplementação de luz aos agricultores da região.

Grupo Fienile traz Tecnologia Irriluce ao Oeste do Paraná e ao Paraguai

Festa no campo? Luz na lavoura? O primeiro impacto não tem como passar despercebido quando o agricultor conhece a tecnologia de Suplementação Luminosa, outdoor, a Tecnologia Irriluce. Com a missão clara de contribuir com a melhora da qualidade da alimentação da população o Grupo Fienile está estendendo às regiões do país a Tecnologia de Suplementação de Luz e buscando parcerias com empresas e universidades. O objetivo é ousado e grandioso, do tamanho do trabalho que vem sendo realizado pela equipe: otimizar a produção sem aumentar o espaço de cultivo.

A Tecnologia Irriluce consiste na irrigação de luz ou suplementação de luz na lavoura,  utilizando uma técnica que adapta lâmpadas de led aos pivôs de irrigação, ainda na fábrica de pivôs, em empresas parceiras do Grupo. A iluminação artificial otimiza o processo de fotossíntese da planta, complementando, inclusive, a quantidade de horas-luz necessária por dia para que a planta se desenvolva em locais nublados, onde o inverno é mais rigoroso, como o que acontece por exemplo no Sul do Brasil. A sede do grupo está em Patos de Minas, Minas Gerais, mas a tecnologia já está presente em várias regiões do país, como a Bahia, Rio Grande do Sul e Santa Catarina e em outras cidades de Minas Gerais, onde dezenas de pesquisadores, entre mestres e doutores, realizam pesquisas com a qualidade do solo, a capacidade de absorção d’água, o crescimento da cultura, a qualidade nutricional da planta, a ação da luz sobre a planta, o efeito sobre insetos e microrganismos, e até mesmo o efeito de diferentes cores de luz, entre muitos outros aspectos.

Desde o início do mês de agosto uma comitiva do Grupo Fienile percorre as cidades do Oeste do Paraná e também do Paraguai para divulgar a Tecnologia Irriluce aos agricultores e empresários da nossa região. O CEO do Grupo Fienile, o agricultor Gustavo Alexandre Grossi, explica que o principal intuito neste primeiro momento é a validação da tecnologia, por isso estão expandindo essa ideia para todo o Brasil, até mesmo para ver como funciona em tipos diferentes de clima e de solo. “Nós chegamos à região Oeste do Paraná após uma oportunidade de trabalharmos em parceria com o PTI e de contribuirmos para o desenvolvimento desta região, por isso nós deixamos bem claro no momento em que chegamos até o agricultor que não é somente investir na tecnologia, ou adquirir o pivô de irrigação, ou mesmo adaptar o pivô de irrigação de água que ele já possui com a tecnologia de irrigação de luz, é preciso muito mais do que isso. É preciso estar disposto a contribuir com a pesquisa, receber pesquisadores na sua propriedade para avaliar o desenvolvimento do projeto.” Esclarece.

Para a engenheira agrônoma, Viviane Ruppenthal, Doutora em Agronomia e professora de Agronomia em uma faculdade em Foz do Iguaçu, este projeto inovador vem agregar muito à nossa região, uma vez que, além da soja e do milho, também temos produtores de hortaliças que podem vir a se beneficiar. “Eu já tinha visto algo sobre suplementação luminosa indoor, cujo distanciamento é de 30 centímetros, mas quando ouvi falar de suplementação outdoor, com distanciamento de quatro metros em campo aber, isso surpreendeu de uma maneira muito positiva e fui pesquisar sobre os trabalhos que o Grupo Fienile e vi que os resultados são inovadores.” Explica. 

A parceria com Universidades e acadêmicos é fundamental para a pesquisa realizada em conjunto com a implementação da Tecnologia Irriluce. “Enquanto o produtor quer saber se a produção dele será maior ou não, nós da academia queremos entender o porquê desse aumento, onde está atuando, qual é o impacto na fisiologia, bioquímica que dá o aumento da produtividade”, complementa a doutora sobre o projeto que revê a nutrição da cultura, o manejo fitossanitários oportuniza aos alunos acompanharem de perto a implantação de uma inovação tecnológica na prática.

A tecnologia de Suplementação Luminosa tem mostrado resultados em diferentes culturas como soja, milho, cana, algodão e diferentes culturas HF (hortifruti) tanto indoor quanto outdoor. O Diretor de Pesquisa do Grupo Fienile, o engenheiro agrônomo, Ernani Miranda Lemes, explica que o projeto trabalha a estrutura do solo em profundidade, a nutrição equilibrada das plantas, uso de técnicas sustentáveis e o manejo de pragas agrícolas como doenças, insetos e plantas daninhas. No caso de manejo de plantas daninha, por exemplo, a Universidade Federal de Uberlândia, através de pesquisas realizadas pelo time do professor Dr. Edson Aparecido Santos, Docente do curso de Agronomia, tem desenvolvido estratégias de manejo de plantas daninhas em condições de suplementação luminosa com resultados promissores, econômicos e sustentáveis que em breve serão divulgados.

Dr. Ernane salienta ainda: “A suplementação luminosa outdoor é um processo tecnológico que tem permitido saltos produtivos através da integração de técnicas modernas de cultivo que são potencializadas pela luz artificial. Em diferentes regiões do país o manejo racional do cultivo associado com a suplementação luminosa tem possibilitado produções maiores e produções potencialmente mais sustentáveis. A suplementação luminosa com diferentes cores também tem aberto possibilidades de manejo de pragas agrícolas e das respostas das plantas. Temos resultados da pesquisa em instituições dedicadas e resultados de observações críticas em áreas comerciais e estamos em constante melhoria das tecnologias já utilizadas, assim como prospectando novas tecnologias que beneficiem o Agro. Uma revolução está acontecendo no campo”.

No campo experimental do Grupo Fienile localizado em Monte Carmelo, MG, na última safra foi colhido um experimento realizado com quatro cultivares de milho e um dos cultivares mostrou um resultado positivo, com uma colheita 301,5 sacas por hectare. O Diretor de Operações do Grupo Fienile, Matheus Iida explica que é um resultado muito inovador, pois não se vê uma produtividade neste patamar na região, o que corresponde a um aumento de produtividade de mais de 35% de algumas culturas. “Pensando num panorama nacional para o agronegócio, quando você tem um aumento de produtividade considerável, é preciso entender o impacto que isso se dará em microrregiões e macrorregiões, um resultado em cadeia no agronegócio.” Complementa.

O objetivo do Grupo Fienile aqui no Oeste do Paraná e região de fronteira é trabalhar com responsabilidade e com o apoio da academia, assim como já o faz nas outras regiões do país, conforme os exemplos que serão destacados logo a seguir, para mostrar ao agricultor que existe muita seriedade neste trabalho. “Já recebemos pedidos de orçamentos e estamos confiantes de que pelo menos alguns agricultores se interessarão em abrir as portas para este projeto, além de promover espaço para a criação de bolsas para a pesquisa, o que faz e movimentar essa cadeia.” Complementa Gustavo que explica que o Paraná é um estado que precisa pensar em mais desenvolvimento da tecnologia de irrigação, principalmente os municípios lindeiros de Itaipu, uma tecnologia que tem de estar associada à preservação ambiental e em relação à água disponível para irrigação sem afetar o meio ambiente. 

O ínício

A Tecnologia Irriluce surgiu após uma infinidade de pesquisas realizadas na propriedade de Gustavo em Monte Carmelo, MG. Ele teve essa ideia há sete anos, quando percebeu que uma parte da sua produção de soja estava maior e com melhor aspecto, entrou em contato com especialistas para verificar o motivo daquela diferença e nada foi constatado, até que depois de um tempo ele próprio conseguiu perceber ao caminhar de madrugada pela fazenda que a luz de um poste que iluminava a rodovia era a mesma luz que iluminava aquele pedaço mais desenvolvido da sua plantação, e desde então ele não parou mais de tentar difundir a importância desta luz aos agricultores do país e do mundo afora. 

Parceiros pelo Brasil

Lages, SC - AMBEV e Hyan de Cásio Pierezan, Mestrando da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), em Lajes, SC. 

Deste janeiro de 2021 o mestrando Hyan desenvolve o projeto de Mestrado “Suplementação Luminosa na Cultura do Lúpulo”, na Fazenda Santa Catarina da Ambev. Uma parceria do Grupo Fienile, da Ambev e da UDESC. 

Ele, enquanto mestrando, faz as avaliações e pesquisas. A Ambev cedeu a área para poder fazer as avaliações e o Grupo Fienile cedeu os módulos led para eles poderem pesquisar sobre a suplementação luminosa. “Na cultura do lúpulo os benefícios dos módulos led é que a cultura em si, indicada em faixas de latitude de 35 a 55 graus. Como em Lages tem 27 graus de latitude, tem uma duração do dia um pouco menor do que o ideal para a cultura, então a suplementação luminosa com led vai servir para compensar a falta de luminosidade nessas regiões, em determinadas épocas de cultivo.” Explica Hyan, que complementa informando que eles suplementam a diferença necessária para a cultura completar o ciclo, entre 2 e 4 horas a mais por dia, dependendo da variedade. As pesquisas ainda estão sendo realizadas, mas em entrevista recente o professor Leo Rufato da UDESC já adiantou que apenas com produção luminosa conseguiram produzir de 30 a 40% a mais do que uma produção normal até agora. 

E Felipe Sommer, da Ambev, também verificou que após a poda da colheita deste ano, pois precisaram antecipar a colheita este ano, uma segunda safra de lúpulo se manifestou. Eles observaram que a planta quis continuar o crescimento mesmo após a poda e eles creditaram isso à tecnologia de suplementação luminosa.  “Duas semanas após a poda já estava com o início robusto de produção de flores com ramos laterais uma planta que tem pouquíssimo tempo de desenvolvimento e se comparar com as plantas sem suplementação luminosa, mesmo com sistema de condução montado, não apresentaram crescimento vegetativo.” Comemora.

Guarda Mor – MG – Agricultor Francisco Guimarães. 

A produção do seu Francisco é predominantemente irrigante. Agricultor de médio porte, atua no noroeste de Minas Gerais. O projeto da Tecnologia Irriluce foi instalado há quatro meses com pivô de 12 hectares com suplementação de luz nas culturas instaladas embaixo do pivô.

De lá pra cá já fizeram uma safra de feijão que obteve ganhos significativos em relação ao campo controle (sem suplementação luminosa), que é o espaço destinado à pesquisa e à comparação entre a produção que utiliza a tecnologia e o espaço que não utiliza. Agora ele já está partindo para o segundo projeto de suplementação de luz. A ideia de montar a suplementação de luz surgiu de um consultor do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), que viu o projeto e colocou ele a par. “Eu encontrei a tecnologia na internet, fiquei interessado e fui a Monte Carmelo visitar o Gustavo. Gostei do que vi, gostei do Gustavo e resolvi investir nisso.” Explica o agricultor. 

Sobre a assistência do projeto, seu Francisco diz ser “muito boa”: “tem o Dr. Ernane que é o pesquisador do grupo, sempre monitora a lavoura, entra em contato e monitora as operações.” Explica. Ciente de que trata-se de algo novo, e que pode vir a ser necessário sofrer ajustes ao longo do tempo, ele se diz muito satisfeito com o andamento do projeto, tanto que está seguindo para um segundo projeto de irrigação e está confiante para a próxima safra de soja, que será plantada agora em outubro e deverá ser colhida no início do próximo ano. 

Jacuizinho – RS – Agricultor Vilmar Luiz Steffanello

Com propriedade no centro norte do Rio Grande do Sul, o agricultor Vilmar investiu em um pivô de 12 hectares e meio, instalado em dezembro de 2020 com o objetivo de aumentar a produção já existente de soja e milho e trazer novas opções de cultura para trabalhar no ano agrícola. Eles trabalharam o primeiro projeto no último ano com suplementação luminosa onde trabalharam no cultivo de soja e milho no primeiro ano. Agora estão partindo para o segundo ano onde vão trabalhar milho e trigo. 

Na experiência do primeiro ano separaram uma parte de campo testemunha, sem a luz, e uma parte com a luz. Todo o manejo, incluindo a irrigação de água, foi feito igualmente, a única diferença foi a luz. Sobre os resultados, ele conta que foram feitos gráficos por material e por variedade de soja específica. Até chegaram a plantar milho, mas na floração do milho o ataque severo de cigarrinhas destruiu a plantação e inviabilizou a pesquisa. Na soja tiveram resultados positivos em cinco cultivares, algumas precoces outras mais tardias, mas em todas elas obtiveram resultados bem interessantes. Também observou que as plantas cresceram mais, colocaram mais entrenós, mais números de vagem e mais grãos.

E ainda aponta que não houve gasto extra com aplicação a mais de fungicida ou pesticida a mais, apesar de a planta alongar o ciclo, ou seja: ele não teve que investir mais. Investiu somente na tecnologia e na energia. Somente na propriedade do seu Francisco são mais de 18 parceiros, desde empresas de semente, químicos, nutrição. “Muitos parceiros interessados em saber o que vai acontecer com esse projeto.” Pontua. Atualmente o trigo está com 30 dias de plantio e o milho será plantado em agosto. Em setembro ou outubro o trigo já deve começar a entrar na fase reprodutiva, o que vai possibilitar medir as diferenças.

O agricultor está com expectativas em relação ao projeto e aos resultados que estão sendo obtidos, principalmente pelo suporte oferecido pela empresa: “Quanto ao suporte que a Fienile nos proporciona estamos muito satisfeito, estamos sempre sendo monitorados de informações e o grupo sempre solicita as nossas informações, por isso estamos muito contentes com este projeto. Como é um assunto muito novo e não tem muita informação, isso faz toda a diferença. O investimento é alto e eu não posso errar, preciso ganhar dinheiro com o projeto e não posso correr o risco de ter erros que possam comprometer o resultado e causar danos.” Complementa.

É possível instalar as luzes sozinho? Esta é uma pergunta recorrente pelos agricultores, tanto que o primeiro projeto de suplementação luminosa do Sr. Vilmar Steffanello foi muito comentado no Rio Grande do Sul e com isso apareceram outras pessoas oferecendo lâmpadas “um vendedor de LEDs veio até a propriedade, mas não oferecia nenhuma informação, nenhuma garantia, pelo contrário: tudo muito vago. Por isso não trocaria este projeto da Fienile, esta pesquisa, por um aventureiro que não me dá segurança nem informações.“ Finaliza.

Fonte: Assessoria