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Operação desarticula grupo criminoso especializado em comercialização de cabelos

A Operação Ballon foi deflagrada pela Polícia Federal e Receita Federal.

  • 10/11/2020
  • Foto(s): Assessoria
  • Policial
Operação desarticula grupo criminoso especializado em comercialização de cabelos

Na manhã desta terça-feira (10/11), foi deflagrada a operação policial denominada “Baalon”, com o propósito de desarticular um grupo criminoso especializado em realizar importação irregular de cabelos de origem estrangeira para posterior revenda em território nacional.

As sete ordens judiciais (mandados de busca e apreensão), expedidas pela 14ª Vara Federal de Curitiba, foram cumpridas em Foz do Iguaçu/PR, Curitiba/PR, São Paulo/SP e Araçatuba/SP. Os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e operação irregular de instituição financeira.

As investigações tiveram como foco um grupo criminoso, parte dele composto por pessoas de origem indiana, voltado a realizar importação irregular de cabelos humanos. Referidas mercadorias, quando não eram subfaturadas por meio de processos de importação realizadas por empresas brasileiras, eram irregularmente internalizadas por meio da fronteira com o Paraguai. Vale ressaltar que a introdução da mercadoria se dava por meio da supressão parcial ou total de tributos que incidiam na operação de importação (crime de descaminho).

Percebeu-se que as pessoas interessadas em adquirir essas mercadorias (clientes brasileiros que trabalham com o comércio de cabelos humanos) realizavam os respectivos pagamentos por meio de contas bancárias tituladas por interpostas pessoas.

Por sua vez, para que o grupo criminoso conseguisse realizar o pagamento de seus fornecedores estabelecidos no estrangeiro, os reais recebidos no Brasil eram então convertidos em dólares. A conversão em moeda estrangeira ocorria com a remessa física de reais em espécie para o Paraguai ou por meio de contato com algum operador financeiro, que disponibilizava o contravalor via sistema internacional de compensação paralelo, sem registro nos órgãos oficiais, conhecido por dólar-cabo.

Em 2020, a Receita Federal do Brasil já destinou 291 kg de cabelo humano. Hoje tem em estoque 465 kg que também serão destinados. Geralmente os cabelos são doados para entidades beneficentes que confeccionam perucas para pessoas em tratamento de câncer.

Considerando que alguns investigados possuem nacionalidade indiana e que as atividades comerciais que eles desenvolveram estão relacionadas ao comércio de cabelos humanos, o nome da operação faz referência a uma das traduções da palavra “cabelos” para o idioma Híndi, que é “Baalon”.

Fonte: Assessoria