Ouça ao vivo
Rádio Costa Oeste 106,5 FM

106,5 FM

Rádio Costa Oeste

Rádio Independência 92,7 FM

92,7 FM

Rádio Independência

Rádio Cultura 820 AM

820 AM

Rádio Cultura

Rádio Terra das Águas 93,3 FM

93,3 FM

Rádio Terra das Águas

Rádio Guaíra 89,7 FM

89,7 FM

Rádio Guaíra

Observando aprendemos

Observando aprendemos

Cheng era o discípulo de um sábio monge de nome Ling.
Um dia, quando Cheng acreditava estar pronto para assumir a condição de liderar seu povo, foi conversar com seu mestre, o qual lhe disse:
– Observe este rio, qual a importância dele?
Eles se encontravam no alto de uma montanha. Cheng observou o rio, o seu vale, a vila, a floresta, os animais e respondeu:
– Este rio é a fonte do sustento de nossa aldeia. Ele nos dá a água que bebemos, os frutos das árvores, a colheita da plantação, o transporte de mercadorias, os animais que estão ao nosso redor e muito mais. Nossos antepassados construíram estas casas aqui, justamente por causa dele. Nosso futuro também depende deste rio.
O monge Ling colocou a mão na cabeça do discípulo e pediu-lhe que continuasse a observar.
Os meses se passaram e o mestre procurou Cheng.
– Observe este rio, qual a importância dele? – repetiu a pergunta ao discípulo.
– Este rio é fonte de inspiração para nosso povo. Veja sua nascente: ela é pequena e modesta, mas com o curso do rio, a correnteza torna-se forte e poderosa. Este rio nasce e tem um objetivo: chegar ao oceano, mas para lá chegar terá de passar por muitos lugares e por muitas mudanças.
Terá de receber afluentes, contornar obstáculos. Como o rio, temos de aprender a fluir. O formato do rio é definido pelas suas margens, assim como nossas vidas são influenciadas pelas pessoas com as quais convivemos.
O rio sem as suas margens não é nada. Sem nossos amigos e familiares também não somos nada. O rio nos ensina, ainda, que uma curva pode ser a solução de um problema, porque logo depois dela podemos encontrar um vale que desconhecíamos. O rio tem suas cachoeiras, suas turbulências, mas continua sempre em frente porque tem um objetivo. Ensina-nos que uma mudança imprevista pode ser uma oportunidade de crescimento.
Veja no fim do vale: o rio recebe um novo afluente e, assim, torna-se mais forte. O monge Ling colocou a mão na cabeça do discípulo e pediu-lhe que continuasse a observar. Os meses se passaram e novamente o mestre perguntou:
– Observe este rio: qual a importância dele?
– Mestre, vejo o rio em outra dimensão. Vejo o ciclo das águas. Esta água que está indo já virou nuvem, chuva e penetrou na terra diversas vezes. Ora há a seca, ora a enchente. O rio nos mostra que se aprendermos a perceber esses ciclos, o que chamamos de mudança será apenas considerada como continuidade de um ciclo.
O mestre colocou a mão na cabeça do discípulo e pediu-lhe que continuasse a observar. Os meses se passaram e o mestre voltou a perguntar a Cheng:
– Observe este rio, qual a importância dele?
– Mestre, este rio me mostrou que cada vez que eu o observo, aprendo algo de novo. É observando que aprendemos. Não aprendo quando as pessoas me dizem algo, mas sim quando as coisas fazem sentido para mim.
O mestre sorriu e disse-lhe com serenidade:
– Como é difícil aprender a aprender. Vá e siga seu caminho, meu filho.            Pense nisso!
Tantas palavras sábias já nos foram ditas.
Tantos ensinos maravilhosos o Mestre Nazareno nos deixou.
Mas, quanto disso realmente passou a integrar nossa consciência,
alterando nossas atitudes perante a vida? Pense nisso, mas pense agora.

Fonte: Belas Mensagens