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Rádio Costa Oeste
Marcelo Pinheiro Veiga, o Marcelo Piloto - um dos líderes da facção carioca Comando Vermelho - é suspeito de assassinar a namorada dentro de uma das celas do Agrupamento Especializado de Assunção, no Paraguai, onde está preso e espera para ser extraditado. Segundo o site ABC Color, o crime teria sido premeditado para evitar a volta do narcotraficante ao Brasil.
Conforme informações preliminares, Lidia Meza Burgos, de 18 anos, foi morta com uma faca de cozinha durante uma visita ao traficante. Ainda segundo o site paraguaio, a jovem recebeu o primeiro golpe na cabeça e depois de inconsciente, vários outros na região do pescoço. Foram pelo menos 16 facadas.
A suspeita é de que o assassinato seja uma estratégia para impedir, ou pelo menos atrasar, a extradição do bandido ao Brasil, já que todos os recursos legais para isso foram negados pela justiça. Foi no final de outubro que a juíza Alicia Pedrozo determinou a volta de Piloto, mas isso só poderia acontecer após encerrados as duas ações penais em que ele é réu no Paraguai - uma por homicídio e outra por uso de documento falso.
A audiência sobre a falsificação aconteceu na sexta-feira (16). Enquanto a juíza e o promotor tentavam acelerar a extradição, a defesa de Piloto alegava que a investigação sobre o crime não foram feitas corretamente. Agora, com o assassinato, o processo de volta ao Rio de Janeiro não tem data para acontecer.
No final de outubro, o Ministério do Interior paraguaio disse ter impedido um plano para fuga para libertar o traficante. A operação policial terminou com a morte de três supostos integrantes do Comando Vermelho e a explosão controlada de um veículo cheio de explosivos com o qual supostamente pretendiam impactar a prisão na qual o criminoso está recluso.
Já no Brasil, Piloto é condenado em dois casos, um deles a 21 anos de reclusão e a cinco anos e quatro meses no outro.
Fonte: campograndenews com ABC Color