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Integrantes do MST invadem mais duas áreas da Araupel, no Paraná

  • 09/03/2016
  • Foto(s): G1
Integrantes do MST invadem mais duas áreas da Araupel, no Paraná
Integrantes do Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) invadiram mais duas áreas de propriedade da Araupel, empresa de reflorestamento, em Quedas do Iguaçu, no sudoeste do Paraná, na madrugada desta terça-feira (9). Segundo o movimento, 700 famílias ocuparam as fazendas Dona Hilda e Santa Rita, que juntas totalizam 2,3 mil hectares. Pela manhã, a estrada de acesso ao município chegou a ser bloqueada em dois pontos.

A ação foi desencadeada um dia após mulheres camponesas destruírem mais de 1,2 milhão de mudas de pinus que seriam plantadas pela empresa nos próximos dias. No domingo (6), cerca de 450 famílias do acampamento Herdeiros da Terra de 1° de Maio, na vizinha Rio Bonito do Iguaçu, já haviam ocupado outra área também da Araupel, porém deixaram o local já na segunda (7).
De acordo com o MST, as ações fazem parte da Jornada Nacional de Luta das Mulheres Camponesas, que este ano tem como lema ???Mulheres na luta em defesa da natureza e alimentação saudável, contra o agronegócio???. A região concentra mais de 3,5 mil famílias acampadas. Em todo o estado, calculam os sem terra, são mais de 12 mil famílias aguardando assentamento.
A Polícia Militar e a Força Nacional reforçam a segurança na região.
Ocupações
Desde julho de 2014, quando a fazenda de reflorestamento foi ocupada por centenas de famílias, o clima é tenso na região e a titularidade da área vem sendo disputada na Justiça. ???Em março, a empresa teve duas vitórias no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRT4), o que alterou os ânimos do MST???, avalia a empresa.

???Há mais de um ano a Araupel tem a seu favor um mandado de reintegração de posse e aguarda o cumprimento por parte do governo do estado???, reforça ao informar que neste período, a empresa calcula perdas de mais de R$ 35 milhões com as invasões.

Em novembro de 2015, trabalhadores da Araupel protestaram em frente ao Palácio Iguaçu, sede do governo do Paraná, em Curitiba. O grupo de cerca de 1,2 mil pessoas pedia providências e a retirada dos integrantes do MST acampados na fazenda. Os manifestantes levaram até a capital vários tratores, caminhões e maquinários que desde estão estavam na área ocupada.
No final de outubro, os funcionários bloquearam o acesso à indústria e à cidade de Quedas do Iguaçu por dois dias. O protesto pela solução das invasões ganhou o apoio do comércio, que fechou as portas por um dia. A população em geral teme uma onda de demissões caso a Araupel tenha de reduzir os trabalhos ou mesmo fechar as portas por não conseguir ter acesso às áreas de reflorestamento.

No dia 13 de outubro, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e a União propuseram uma ação na Justiça Federal no Paraná contra a Araupel para que fosse anulada a titularidade das terras da região do Rio das Cobras e incorporados 10 mil hectares para o assentamento dos sem-terra.

Inicialmente a Justiça reconheceu a irregularidade e determinou que, se desejasse permanecer no local, a empresa teria de repassar uma área equivalente à União. Porém, decisões recentes no TRT4 reafirmaram a posse e propriedade da Araupel.

Fonte: G1

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