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Rádio Costa Oeste
Às vésperas do fim do prazo para que deputados federais e estaduais troquem de partido para disputar a eleição, que termina no sábado (7) se revela uma postura que os grandes partidos têm adotado para atrair novos filiados: oferecer dinheiro para a campanha.
O deputado federal Alfredo Kaefer, em entrevista ao blog, confirmou que a prática tem ocorrido entre as principais agremiações. Kaefer está de saída do PSL com filiação praticamente certa para o PP (Partido Progressista). O dinheiro, segundo ele, vai sair do fundo partidário e a oferta é vista como natural para os parlamentares.
"Não digo que já um leilão, mas os partidos maiores têm mais recursos e vão bancar com valor maior os deputados. Isso é fato, não é conjectura", afirmou Kaefer.
Questionado se ele recebeu a oferta, Kaefer respondeu que a cota ofertada têm sido de R$ 1 milhão a R$ 2 milhões de custo de campanha.
"Os partidos grandes vão repassar para os filiados e para os que estão entrando, nessa faixa. Todos estão fazendo isso".
Para ele, não se trata de compra de passe mas uma forma de garantir o cumprimento da lei, que não permite mais financiamentos de empresas, restringindo doações à pessoas físicas.
"É uma forma de fazer que não haja captação de recursos de terceiros e somente através dos partidos. Não é uma compra. Se não é os partidos, através de doação de pessoa física".
Além da oferta de doação, Kaefer tem como álibi para sua saída do PSL e insatisfação com a escolha de apoiar o também deputado federal, Jair Bolsonaro, como candidato à Presidência da República.
"Eu teria recurso [do fundo partidário] se continuasse no PSL mas optei em sair não obstante a ter ou não financiamento. Foi uma decisão programática de ideias. Meu desejo é não estar junto com o Bolsonaro para presidente, visto que o Paraná tem um pré-candidato a Presidência, que é o Alvaro Dias".
Kaefer deve anunciar oficialmente a filiação em um novo partido na quarta-feira (4).
Fonte: catve (Laís Laíny)