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Turista argentina morre em Foz do Iguaçu, e família reclama de negligência

Mulher de 64 anos voltava de viagem com familiares quando procurou socorro após passar mal

Turista argentina morre em Foz do Iguaçu, e família reclama de negligência

Uma turista argentina de 64 anos morreu após passar mal durante uma viagem pelo país e procurar atendimento nas unidades de saúde de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná.

De acordo com a família de Marta Ester Diaz, houve negligência. O caso foi denunciado ao Ministério Público Federal (MPF).

Familiares disseram que saíram de carro de Casa Blanca, na província de Buenos Aires, com destino ao Rio de Janeiro. Eles cruzaram a fronteira no dia 24 de janeiro.

Durante a viagem de férias, a idosa reclamou de fortes dores nas pernas e a família decidiu interromper a viagem em Irati, nos Campos Gerais do Paraná.

“Como estava anoitecendo, decidimos parar em Irati, onde passamos a noite. Naquela noite minha mãe só comeu arroz e vomitou. Como ela estava passando mal, decidimos não continuar a viagem”, comentou a filha, Andrea Leonor Fiterrer.

Na volta para casa, a família parou em Foz do Iguaçu para procurar atendimento, já que as dores de Marta haviam aumentado.

No desespero em busca de socorro, eles foram parar na delegacia da Polícia Federal, acreditando ser um hospital.

Andrea foi orientada a procurar o Hospital Municipal, quase em frente. No local, conta, recebeu de plantonistas um papel com o endereço da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim das Palmeiras.

Sem conhecer a cidade, a família errou o caminho e seguiu para a Ponte da Amizade, onde policiais acionaram o Samu.

“A ambulância demorou 30 minutos. Eu segui com a minha mãe. Ela estava consciente, me escutava. Eu perguntava coisas e ela fazia "sim" e "não" com o dedo porque já não podia falar por conta das dores”, lembra a filha.

Marta foi levada para a UPA, onde morreu minutos depois de dar entrada.

A certidão de óbito, do dia 25 janeiro, indica que causa da morte foi complicação em decorrência de diabetes alterada.

Na denúncia feita ao MP, Ester afirma que o Hospital Municipal se recusou a atender a mãe quando pediu ajuda.

Por falta de documentação necessária para o traslado, o corpo de Ester foi barrado duas vezes na aduana argentina em Puerto Iguazú, mas deve seguir nesta segunda-feira (29) para Casa Blanca.

Investigação

De acordo com o diretor de urgência e emergência da Secretaria de Saúde, Adriano Pavan, não se tratava de um caso de urgência e emergência.

“Era um quadro de diarreia há três dias. O Samu referenciou para a UPA, não para o Hospital Municipal, que será até muito mais perto. Na condução ela teve uma piora e quando chegou teve um rebaixamento de consciência e não conseguimos reverter”, comentou.

O diretor do pronto-socorro do Hospital Municipal, German Pignolo, disse que a avaliação foi correta e que o quadro era compatível ao padrão de atendimento de uma UPA. Ele afirmou que apenas a necropsia poderá indicar se o tempo de espera por socorro agravou o quadro.

Já o diretor técnico do hospital destacou que uma investigação deve ser aberta para apurar se houve alguma falha na avaliação e triagem da paciente.

Até a publicação desta reportagem, o MPF não havia se manifestado sobre a denúncia.

Fonte: g1