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Ex-prefeito de Foz sabia e pediu que pagamentos irregulares fossem feitos

A atual fase investiga valores de plantões médicos fictícios lançados em benefício de uma empresa credenciada à prefeitura

  • 24/08/2017
  • Foto(s): Marcos Landim/RPC
Ex-prefeito de Foz sabia e pediu que pagamentos irregulares fossem feitos

O ex-prefeito de Foz do Iguaçu, Reni Pereira (PSB) sabia e pediu que fossem feitos pagamentos irregulares de plantões médicos fictícios, aponta a Polícia Federal.

Reni é alvo de um dos 14 mandados de condução coercitiva que devem ser cumpridos durante a 7ª fase da Operação Pecúlio, deflagrada nesta quinta-feira (24).

A atual fase investiga valores de plantões médicos fictícios lançados em benefício de uma empresa credenciada à prefeitura.

Segundo a PF, as remunerações foram utilizadas para complementar os salários de agentes públicos e, em alguns casos, burlavam o limite constitucional previsto para os servidores municipais.

"Há indícios de que o ex-prefeito não só sabia como teria solicitado para que fossem efetuados alguns pagamentos fora da remuneração dos servidores", comentou o delegado Sérgio Marciel Ueda.

O delegado explicou ainda que os valores eram recebidos e depois repassados para funcionários e ex-funcionários e para alguns profissionais médicos que não poderiam receber mais que o limite do salário do prefeito.

As investigações apontam também que pessoas sem vínculo com a administração municipal também foram beneficiadas no esquema. As irregularidades aconteceram em 2014 e 2015. Os valores pagos irregularmente não foram informados pela PF.

Além do prefeito, cinco médicos e os ex-vereadores Edílio Dall'Agnol e Luiz Queiroga, entre outros, foram alvos de mandados de condução. Os dois ex-parlamentares já haviam sido presos durante a 5ª fase da Operação Pecúlio.

"Eles [os ex-vereadores e o ex-prefeito] não eram os beneficiários diretos em valores, mas claro que existe o ganho político com as eventuais irregularidades", apontou o Ueda.

O advogado de Reni, Vitor Augusto Sprada Rossetim, disse que o ex-prefeito havia denunciado as supostas irregularidades.

"Ele esclareceu alguns fatos por ele mesmo denunciados em abril de 2016 à Polícia Federal. Na época, ele trouxe suspeitas em relação a plantões médicos e a condutas de alguns servidores. Naquele momento ele pediu a instauração de um inquérito para que fossem apuradas essas condutas", destacou.

Segundo o advogado Sílvio Benjamin Alvarenga, que defende Edílio Dall’Agnoll, o ex-vereador nega todas as acusações feitas contra ele durante a Operação Pecúlio e afirma que vai provar ser inocente.

Já Luiz Queiroga disse que em seu depoimento apenas colaborou com as denúncias que já haviam sido feitas antes à própria PF.

Dos 14 mandados de condução coercitiva, que é quando a pessoa é levada para prestar depoimento, até as 10h30 dois ainda não haviam sido cumpridos.

A operação também cumpriu 12 ordens judiciais de busca e apreensão. Na casa de um dos médicos os agentes apreenderam várias armas, silenciadores e munição.

O responsável pelo arsenal foi preso em flagrante e deve responder por porte ilegal de arma de fogo de uso restrito.

Fonte: G1

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