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Ex-ministro Guido Mantega é preso na 34ª fase da Lava Jato

  • 22/09/2016
  • Foto(s): Folha SP
Ex-ministro Guido Mantega é preso na 34ª fase da Lava Jato
O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega foi preso na manhã desta quinta-feira (22) em São Paulo na 34ª fase da Operação Lava Jato. O mandado é de prisão temporária. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), o empresário Eike Batista disse em depoimento ter pago US$ 2,35 milhões ao PT a pedido do ex-ministro. ?? época, a quantia era equivalente a cerca de R$ 4,7 milhões.

O advogado de Mantega, José Roberto Batochio, afirmou que o ex-ministro foi preso no  hospital Albert Einstein, no Morumbi, Zona Sul de São Paulo, onde estava com a mulher, que passou por uma cirurgia. "Ele está sendo retirado da sala de cirurgia por policiais nesse momento", disse Batochio ao G1 às 7h50. A PF afirma que foi até as proximidades do hospital e fez contato telefônico com Mantega, "que se apresentou espontaneamente na portaria do edifício".

Do hospital, os policiais levaram o ex-ministro até seu apartamento em Pinheiros, na Zona Oeste, para cumprir um mandado de busca e apreensão. Por volta das 9h25, Mantega chegou à PF.

Os policiais já haviam estado mais cedo na casa do ex-ministro, mas só encontraram o filho dele e uma empregada doméstica, segundo a PF. O advogado de Mantega não soube dizer se foram apreendidos objetos. A PF diz que "o procedimento foi realizado de forma discreta" e "com integral colaboração do investigado".

A atual fase da Lava Jato investiga a contratação, pela Petrobras, de empresas para a construção de duas plataformas de exploração de petróleo na camada do pré-sal, as chamadas Floating Storage Offloanding (FSPO´s).

Segundo a PF, as empresas Mendes Júnior e OSX se associaram na forma de consórcio para obter os contratos de construção das duas plataformas, mesmo sem possuir experiência, estrutura ou preparo para tanto. A PF afirma que houve fraude do processo licitatório, corrupção de agentes públicos e repasses de recursos a agentes e partidos políticos responsáveis pelas indicações de cargos importantes da Petrobras.

De acordo com a PF, em 2012 Guido Mantega "teria atuado diretamente junto ao comando de uma das empresas para negociar o repasse de recursos para pagamentos de dívidas de campanha de partido político da situação". "Estes valores teriam como destino pessoas já investigadas na operação e que atuavam no marketing e propaganda de campanhas políticas do mesmo partido", continua a PF.

Segundo o MPF, Eike Batista, ex-presidente do Conselho de Administração da OSX, declarou em depoimento que, em 1/11/2012, "recebeu pedido de um então ministro e presidente do Conselho de Administração da Petrobras" - Mantega - para que fizesse um pagamento de R$ 5 milhões, no interesse do Partido dos Trabalhadores (PT).

"Para operacionalizar o repasse da quantia, o executivo da OSX foi procurado e firmou contrato ideologicamente falso com empresa ligada a publicitários já denunciados na Operação Lava Jato por disponibilizarem seus serviços para a lavagem de dinheiro oriundo de crimes. Após uma primeira tentativa frustrada de repasse em dezembro de 2012, em 19/04/2013 foi realizada transferência de US$ 2.350.000,00, no exterior, entre contas de Eike Batista e dos publicitários", continua o MPF em nota.

Fonte: G1

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