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SAFRA 2022/2023: Mercado de grãos demonstra cenário de positividade

Engenheiro-agrônomo avalia a expectativa de crescimento e a participação de São Miguel do Iguaçu a nível estadual.

  • 13/10/2022
  • Foto(s): Wederson Araujo / Reprodução

Na manhã desta quinta (13), recebemos no jornal Costa Oeste News, Zenoir Kestring. O engenheiro-agrônomo falou da expectativa para a safra 2022/2023 e o mercado de grãos que demonstra um cenário de positividade.

No primeiro momento, Zenoir enalteceu a participação do estado Paraná, no cenário nacional.

"O Paraná é o segundo maior produtor agrícola no nosso país, por muito tempo vinha como o principal produtor, principalmente no milho. Hoje em dia, esse plantio de milho verão, ele foi dando espaço para a soja e o milho começou a ficar focado na safrinha, então vem dividindo entre milho e soja os grãos a serem produzidos no nosso estado, assim como no país também".  

O engenheiro enfatizou o crescimento apontado pela companhia nacional de abastecimento, que prevê o crescimento do mercado de grãos para 2022/2023.

"Isso se retrata muito no incremento de tecnologia, que vem sendo incrementada nas lavouras, na semente e no manejo, ajuda muito. Mas é importante lembrar, que a gente teve uma perda de safra no último ano que acabou puxando os números para baixo. Então a CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento) já vem prevendo para esse ano uma expectativa de uma safra muito boa, os mapas de meteorologia apontam para uma neutralidade e isso para a produção agrícola é melhor".

Zenoir justifica o levantamento realizado pela CONAB, que aponta estabilidade no consumo de arroz e feijão e o aumento no consumo de milho e soja.


 "Esse aumento aí, no consumo, se deve muito ao consumo de ração. A soja e o milho, a grande parte deles, o maior volume é consumido como o alimento animal. Se a gente olhar ao nosso redor, vem se aumentando o número de aviários, vem se aumentando o número de chiqueirões, também para produção de porco e o gado que se tinha um pouco mais a pasto ou cada dia mais confinado, e isso demanda um pouco mais do consumo de grãos para essa alimentação, grande incentivo no aumento do consumo é realmente esse aumento de produção de animais".


 A Embrapa considerou a região Oeste do Paraná como modelo em agricultura conservacionista, Zenoir esclarece o procedimento para esse mérito.


 "O conservacionismo é a capacidade de se produzir, mas conservando também o meio ambiente. Realmente o Paraná é modelo nacional hoje, até fora do Brasil, é por esse sentido. Começa desde lá da coleta de embalagens vazias de agrotóxicos. O Paraná é muito organizado ou tem uma fiscalização muito séria em cima disso, a gente precisa acompanhar isso junto aos produtores, para que seja feita a coleta, a entrega das embalagens vazias, a coleta seletiva e o Paraná é modelo disso, outros estados não tem essa referência e também, claro, a conservação dos córregos de água, dos rios, a reserva legal, a área de preservação permanente, então, o Paraná hoje realmente é referência, se preocupa muito em produzir, mas também, de conservar o meio ambiente".

 O engenheiro destaca os avanços tecnológicos a favor da produção rural.

 "A tecnologia na produção agrícola é muito necessária para o incremento de produtividade, se a gente tem pouco espaço para aumentar principalmente no Paraná. Se a gente vai para Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, outras regiões do Brasil, ainda tem muitas áreas que podem ser abertas para a produção agrícola, é onde tem lá uma pastagem degradada, produtor cria muito gado a pasto ainda, consegue reduzir esse gado por um espaço mais confinado de aumentar a área agrícola, mas o Paraná principalmente não tem muito disso. No Paraná, as áreas para abertura é muito pequeno, então depende muito dessa tecnologia e a tecnologia vem em toda a cadeia produtiva, desde lá da logística, pesquisa, incrementa muito tecnologia já na semente... a soja intacta, já está ficando para trás, a gente já fala em soja equistanda enlist Duo, então vem outras tecnologias já para substituírem as que já vão perdendo um pouco de eficiência... Além disso,  se tem muita tecnologia empregada em agricultura de precisão, onde se faz mapas de solo como se fosse um exame de sangue no nosso solo, na nossa terra, ali é estratificado e para visualizar tudo que o solo precisa,  a quantidade de nutrientes de cada nutriente e a aplicação já pode ser feita de maneira variável".  

 O engenheiro encerrou a entrevista falando da expectativa  de crescimento e a participação de São Miguel do Iguaçu a nível estadual.

"São Miguel do Iguaçu é principalmente na região oeste do Paraná, é referência. A gente tem uma área agrícola bastante grande em torno de 46 a 47 mil hectares de lavoura, dentro do município é bastante grande, é muito grão que se produz, é muito porco, é muito frango ou é muito leite... Então é um município com certeza muito referente, é muitas empresas que vêm implantar alguns campos tecnológicos de pesquisa nas multinacionais, e sem dúvida, o município está dentro dessa realidade que já se falou. O Paraná é um dos principais produtores de grãos, e a nossa região, bem como São Miguel do Iguaçu, é referência nesse sentido".

Fonte: Costa Oeste News

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