A produção de trigo do Paraná deve registrar perdas significativas em mais uma safra consecutiva. Depois das perdas registradas em 2018, a safra atual deve ser 35% menor do que o potencial. Segundo a Secretaria de Agricultura do Paraná, a principal explicação para o resultado negativo é o fator meteorológico, que afetou diretamente o cultivo do grão.

De acordo com o analista de trigo do Deral (Departamento de Economia Rural), Carlos Hugo Godinho, 98% da área de trigo plantada já foi colhida. Portanto, o resultado negativo deve ser confirmado em breve. (Ouça o áudio Carlos Hugo 1 abaixo)

Conforme o analista, a safra de trigo quase um terço menor do que o potencial pode encarecer produtos comuns às famílias e a indústria. O cereal é a base, por exemplo, do pãozinho feito com a farinha branca. O analista Hugo Godinho explica que o aumento virá aos poucos, e ainda depende do fim dos estoques atuais. (Ouça o áudio Carlos Hugo 2 abaixo)

A estimativa apresentada pelo Deral no início do ano previa a colheita de 3,4 milhões de toneladas de trigo no Paraná. No entanto, as intempéries derrubaram substancialmente o potencial produtivo. Com 98% da área plantada colhida, o departamento espera que a safra 2019 termine com a produção de 2,1 milhões de toneladas.

Com mais este resultado negativo, o Paraná deve perder a liderança do ranking após seis anos como o maior produtor de trigo do Brasil. O estado deve ser superado pelo Rio Grande do Sul. Com a produção dentro do esperado para esta safra, o estado gaúcho deve ser o principal fornecedor externo de trigo para o Paraná.

Fonte: Com Band News