Segundo dados do Censo Agropecuário 2017, o Paraná mantém o crescimento intenso e diversificado no agronegócio, com margem para ampliar ainda mais o faturamento e a geração de emprego a partir da industrialização.

O levantamento aponta ainda, que o crescimento da mecanização e o arrendamento de terras provocaram um aumento no número de pessoas desocupadas no campo, sem contudo diminuir o volume de área plantada. De acordo com o IBGE, enquanto são quase um milhão e meio a menos de pessoas vivendo da agricultura no Brasil na comparação com 2006, o número de tratores no campo cresceu 49,9% no período e chegou a um milhão duzentas e vinte mil unidades.

Ainda de acordo com o Censo 2017, no Paraná o número de pessoas ocupadas no campo caiu de um milhão e cem mil desde o levantamento anterior, para oitocentos e quarenta e seis mil passada uma década. Isso representa uma queda de 24,2% no estado, enquanto na média nacional, a queda registrada foi de 8,8%.

O gerente técnico nacional do Censo Agropecuário, Antônio Carlos Florido lembra que, no Paraná a diminuição de pessoas com ocupação no campo se deve a expansão de culturas que exigem maior extensão de terras para o plantio e o consequente arrendamento. (Áudio 1)

Apesar da queda na ocupação de trabalhadores no campo, o governo do Paraná ressalta a possibilidades de geração de renda a partir da industrialização. O secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, diz que o agronegócio paranaense cresceu nas últimas décadas e passou a liderar a produção de algumas culturas, mesmo diante de oscilações na economia. O secretário destacou ainda o crescimento na produção do seguimento de proteína animal, no qual segundo ele, o Paraná já exerce liderança. (Áudio 2)

Em todo o País com exceção do Nordeste, houve aumento de área plantada em todas as regiões. No Sul, esse aumento ocorreu mesmo com a queda no número de estabelecimentos. O número de produtores que declararam ter acesso à internet cresceu 1.900%. A área total irrigada cresceu 47,6%. De acordo com o IBGE, 81% dos produtores são do sexo masculino e 18% do sexo feminino, o que representa um aumento na participação das mulheres.

O levantamento feito pelo IBGE, foi presentado na última sexta-feira (25) para todo o País no Palácio Iguaçu, em Curitiba. Os dados completos podem ser acessados no site do IBGE.

Fonte: Band News