Ouça ao vivo
Rádio Costa Oeste 106,5 FM

106,5 FM

Rádio Costa Oeste

Rádio Independência 92,7 FM

92,7 FM

Rádio Independência

Rádio Cultura 820 AM

820 AM

Rádio Cultura

Rádio Terra das Águas 93,3 FM

93,3 FM

Rádio Terra das Águas

Rádio Guaíra 89,7 FM

89,7 FM

Rádio Guaíra

Abacaxi produzido no Oeste do Paraná é destaque nacional

Segundo o pesquisador do IAPAR, o abacaxi produzido no Oeste do Paraná no verão é um dos melhores no Brasil.

Abacaxi produzido no Oeste do Paraná é destaque nacional

O abacaxi e a goiaba podem ser uma alternativa às commodities para os pequenos produtores do Oeste do Paraná, principalmente nos municípios lindeiros ao lago da Usina de Itaipu. Essa é a avaliação do pesquisador do Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR) Sérgio Carvalho, que há 18 anos estuda a viabilidade da fruticultura na Estação Experimental do Iapar em Santa Helena e em Guaíra.

Carvalho salienta que a baixa ocorrência de geadas e a fraca intensidade delas favorece muito o desenvolvimento de frutas tropicais como o abacaxi. “O fato de produzir em um prazo relativamente curto, 18 meses, e ainda em áreas impróprias para agricultura comercial, como declivosas e com muita pedra, torna o abacaxi uma excelente opção, sobretudo para a agricultura familiar”, salienta o pesquisador.

Ele justifica a maior relevância do abacaxi para a pequena propriedade pela grande necessidade de mão de obra para o cultivo da cultura. “Mão de obra está escassa no campo, então precisa ser agricultura familiar para ter maior chance de dar certo”, explica. Ele desmistifica a ideia de que a cultura do abacaxi é para solo de baixa fertilidade. “Isso é crendice popular. Abacaxi se adapta a solos ruis, coisas que outras culturas não fazem”, argumenta.

Para o pesquisador, o abacaxi produzido no Oeste do Paraná no verão é um dos melhores no Brasil. “No inverno a qualidade cai um pouco em decorrência da relação entre açúcar e ácidos para o consumo in natura. Se a produção for para indústria ou produção de doces, a diferença não é significativa”, diz.

Carvalho está testando o uso de plástico no plantio do abacaxi. Embora não seja nova, ele quer avaliar o quanto o plástico pode ajudar no cultivo e na redução da penosidade do trabalho. “O abacaxi tem espinhos, as plantas são muito próximas, é preciso carpir o mato entre as fileiras, fora o fato de ter que ensacar os frutos. O plástico veio para substituir a capina”, afirma. As pesquisas mostraram que o abacaxi no plástico se desenvolve muito melhor. “Certamente porque aumenta a retenção de água no solo, favorece o desenvolvimento de microorganismos benéficos à planta e durante o inverno o plástico preto absorve mais calor e reduz a chance de perdas por baixas temperaturas”, enumera.

GOIABA - Outra fruta recomendada pelo pesquisador para a região Oeste é a goiaba. “Além de também produzir em um período relativamente curto, o fruto tem grande aptidão para industrialização e comercialização. “Dá para fazer polpa, geleia, suco, compota, doce em pasta em ainda e é muito boa para merenda escolar”, esclarece Carvalho. Ele salienta, no entanto, que o manejo adequado é fundamental. “A goiaba precisa de poda, brota facilmente, mas você não pode descuidar porque ela cresce muito, principalmente no solo fértil da região Oeste”, diz.

O pesquisador também diz que goiaba de mesa, para venda direta ao consumidor final, exige o ensacamento. A técnica consiste em embalar o fruto da goiaba com um recipiente pequeno, como um saco de papel. “Nós temos um bichinho que pica a goiaba e vai causar dano diminuindo o valor comercial da fruta fresca. É o famoso bicho da goiaba”, diz.

Além dos fatores agronômicos, o pesquisador aponta a questão geográfica como determinantes. “Boa parte da goiaba, do abacaxi e de outras frutas consumidas na região Oeste são provenientes de outras regiões e até de outros estados. “Fora o fato de que a cidade de Foz do Iguaçu recebe turistas do mundo todo e tem grande demanda por frutas. É uma grande mercado inexplorado”, reforça Carvalho.

SANTA HELENA - O servidor e ex-secretário de Agricultura de Santa Helena José Carlos de Oliveira acompanha há 17 anos as pesquisas do Iapar na região. Para ele a goiaba e o abacaxi são opções mais rentáveis que a soja, o milho e outras commodities plantadas na região. “O pequeno agricultor pode ganhar cinco, seis vezes mais se fizer um bom trabalho”, salienta. Oliveira acredita que a falta de mão de obra atrapalha o crescimento da fruticultura na região, mas o fator cultural também é um empecilho. “O produtor muitas vezes não tem conhecimento do quanto as frutas podem ser melhores que outras culturas. Por isso é fundamental levar essas informações ao homem do campo”, sugere.

Clique aqui e participe do nosso grupo de notícias no whatsapp.

Fonte: Assessoria IAPAR

Envie sua Notícia, vídeo, foto
(45)99102-5533

Categorias relacionadas