106,5 FM
Rádio Costa Oeste
Existe tempo para reclamar, tempo para protestar, tempo para veemência, mas existe o tempo da retomada.
Já está na hora da volta da normalidade. As conquistas dos caminhoneiros são inefáveis.
A classe obteve resultados práticos, plausíveis de sua luta, justa luta por sinal.
Mas a economia numa região que alimenta o Brasil, não pode parar.
O oeste do Paraná é um celeiro, bem como outras regiões do estado e do sul do Brasil.
Não é diferente com importantes regiões produtoras do Mato Grosso do Sul e do Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Rondônia, além de São Paulo, Minas e no nordeste, onde das terras áridas saem a maior produção da fruticultura no Vale do São Francisco que engloba também Bahia e Pernambuco.
Agora, tudo isso está paralisado. O desabastecimento é claro e notório.
Precisamos retomar o fluxo da economia, caso contrário o próprio caminhoneiro vai sofrer muito, pois leva um tempo para a normalização dos fretes.
O agricultor está sofrendo, o comerciante também. O nosso oeste do Paraná, região de muita produtividade, colaborou com os caminhoneiros, mas agora é hora da retomada.
A luta foi vencida, há de se cuidar para o cumprimento dos compromissos assumidos pelo governo, mas não podemos continuar com a derrota da produtividade agrícola e pecuária, principalmente a pecuária, porque as aves, frangos, suínos, estão morrendo de fome.
E as pautas do movimento dos caminhoneiros, temos que lembrar isso, foram invadidas por outros pleitos, como o fora Temer, solta Lula e por aí vai.
A história vai contar, daqui a 20, 30 anos, do grande movimento de maio de 2018, que mostrou a força da classe, mas os benefícios para os caminhoneiros não podem continuar gerando agora, neste momento, malefícios para o restante da economia.
Fonte: Elder Boff