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Castro é capital nacional do leite, mas desempenho é digno de título mundial

Campeão em quantidade e qualidade na produção de leite

Castro é capital nacional do leite, mas desempenho é digno de título mundial

Com produção de 255 milhões de litros de leite por ano, e qualidade que rivaliza com as melhores fazendas da Europa e dos Estados Unidos, o município de Castro, nos Campos Gerais do Paraná, foi declarado oficialmente Capital Nacional do Leite.

O decreto do Congresso Nacional foi sancionado pelo presidente Michel Temer no dia 26 e saiu no Diário Oficial da União desta quarta-feira, 27 de dezembro de 2017. A Lei 13.585 é uma iniciativa do deputado federal Osmar Serraglio, proposta em 2012.

O presidente da Cooperativa Castrolanda, Frans Borg, diz que a lei ajudará a agregar valor à matéria-prima da região dos Campos Gerais e é “um incentivo ao produtor de leite que vê sua atividade valorizada e reconhecida”.

Segundo o IBGE, Castro é o município brasileiro que mais produz leite no país, tendo atingido 255 milhões de litros em 2016. O que orgulha mais os produtores, no entanto, é a qualidade da matéria-prima produzida na bacia leiteira que inclui ainda os municípios de Arapoti e Carambeí.

“Com certeza, 100% do leite da região atende as exigências de qualidade do Ministério da Agricultura. Em relação às células somáticas, por exemplo (que indicam inflamação do úbere das vacas), o leite de Castro tem contagem abaixo de 300 mil por mililitro. Isso é bem menos do que o máximo permitido nos Estados Unidos, de 750 mil, e do que na Europa, de 400 mil”, certifica Altair Valoto, superintendente da Associação Paranaense dos Criadores de Bovinos da Raça Holandesa (APCBRH). Valoto destaca, ainda, que o leite dos Campos Gerais alcança excelência nos parâmetros desejados pela indústria para produção de iogurtes e queijos, atingindo índices de pelo menos 3% de gordura e 2,9% de proteína.

Tradição preservada

O que explica a qualidade do leite produzido em Castro, em grande parte, é a tradição dos colonos europeus que começaram a se estabelecer na região há cem anos e receberam reforço de novos imigrantes “leiteiros” após a Segunda Guerra Mundial. “Na Holanda, fraude de leite não existe. Assim como na Índia a vaca é sagrada, na Holanda o leite é sagrado”, revelou à Gazeta do Povo o estudioso da história holandesa nos Campos Gerais, Peter Bosch, por ocasião do centenário da imigração, em 2010.

Altair Valoto, da APCBRH, aponta um outro motivo para as virtudes do leite de Castro e região: “a Castrolanda foi pioneira no país ao implantar o pagamento pela qualidade do leite, em 1995. Esse foi um grande diferencial, porque incentiva e recompensa o produto de qualidade”. Na prática, o leite com maior percentual de gordura e proteínas, e menor contagem bacteriana e de células somáticas, pode colocar no bolso do produtor até 24 centavos de real a mais, em cada litro de leite padrão, cotado hoje pela indústria a R$ 0,98.

O leite produzido pelos cooperados da Castrolanda é captado pelo Pool Leite, associação de 800 produtores que congrega sete cooperativas (Frísia, Castrolanda, Capal, Bom Jesus, Coamig, Witmarsum e Agrária).

Informalmente, Castro já era conhecida como Capital Nacional do Leite, e realiza, todos os anos, a Agroleite, considerada a vitrine tecnológica do setor, que faturou R$ 45 milhões em 2016.

Fonte: gazetadopovo

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