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Pescadores de Vocações

  • 30/08/2017
  • Foto(s): Arquivo pessoal
Pescadores de Vocações

Eu conversei ontem um pouquinho com o padre Edivaldo que faz a Ave Maria todos os dias às 18h na Costa Oeste FM 93,3 sobre o findar do mês de agosto dedicado às vocações na Igreja Católica.

Lembrei com saudosismo meu tempo de seminário em Toledo, quando por dois anos estive interno nos Frades Menores Missionários, os freis Franciscanos que alguns anos antes, haviam pregado Missões em Santa Helena.

Encantei-me com a maravilhosa maneira de pregar dos capuchinhos, a maioria barbuda, mas um, imberbe, era o melhor tribuno religioso dos que me recordo.

Chamava-se frei Alceu, um cidadão altíssimo, duns dois metros, por um e meio, mais ou menos. Tinha um falar tão entusiasmante, que cativava até os mais incrédulos.

Era veemente, mas com uma sutileza doçura, arrebatadora e consistente fala.

Aquilo tocou meu coração, atiçou minha vocação para mais tarde ingressar no seminário.

Recordo disso pra avaliar como andam as vocações, principalmente sacerdotais e o padre Edivaldo lembrou que domingo foi lançado na Diocese de Foz do Iguaçu, o Ano Vocacional Diocesano.

A meta neste ano específico é alcançar uma ou duas vocações por paróquia, nas 28 da Diocese.

Existe uma campanha chamada “Pescadores de Vocações”, para ajudar o despertar nas crianças, adolescentes e jovens, principalmente, a vontade de seguir a vida religiosa.

Mais de 3 mil pessoas estão cadastradas em toda área de abrangência da Diocese de Foz do Iguaçu e se  comprometeram a rezar um terço por dia durante todo o período para pedir a graça das vocações.

Pensei até que o número de padres estaria caindo, mas ao contrário sobe. O problema é que a população aumenta desproporcionalmente.

Uma das grandes fontes de consolidação das vocações são as Jornadas Mundiais da Juventude, como a que aconteceu no Rio de Janeiro em 2013.

Outra fonte vocacional são os grupos de jovens, que sobrevivem à modernidade, como em Missal, por exemplo, onde tem até uma grande festa anual, sem bebida alcóolica.

Dados de 2006 do Centro de Estatística Religiosa e Investigações Sociais (Ceris), órgão da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), mostram que a proporção de padres no Brasil é a mais baixa do mundo entre os países de população majoritariamente católica.

Enquanto no Brasil há mais ou menos uns 20 mil padres, uma média de um sacerdote para mais de 10 mil habitantes, na Itália, existe um padre para mil habitantes.

A Argentina tem um sacerdote para cada 6,8 mil e a Colômbia, um para cada 5,6 mil. A média do México, o segundo maior país católico do mundo, apesar de superior, é a que mais se aproxima da do Brasil: um sacerdote para cada 9,7 mil habitantes.

No Paraná, há dois mil padres.

Apesar de a Igreja sofrer com a falta de vocações sacerdotais no maior país católico do mundo, em números absolutos, a quantidade de padres no Brasil tem aumentado nos últimos anos.

 

Fonte: Elder Boff

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