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Bolsas da UFPR foram usadas para comprar joias, dizem investigadas

  • 20/02/2017
  • Foto(s): Polícia Federal
Bolsas da UFPR foram usadas para comprar joias, dizem investigadas
Duas das suspeitas presas na Operação Research, que apura fraude no repasse de bolsas e de auxílios à pesquisa pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), afirmaram, em depoimento à Polícia Federal (PF), que os valores recebidos da instituição de ensino se referem ao pagamento por joias e semijoias vendidas por elas para Tânia Márcia Catapan, secretária da Pró-reitoria de Planejamento e Orçamento, e para Conceição Abadia de Abreu Mendonça, que é chefe do setor de Orçamento e Finanças da mesma pró-reitoria.

A pedido da PF, após os depoimentos das investigadas, o juiz federal Marcos Josegrei da Silva, da 14ª Vara Federal de Curitiba, autorizou nova busca e apreensão em endereços relacionados à Conceição que, assim como Tânia, teve a prisão temporária prorrogada por mais cinco dias, a contar a partir desde domingo (19).

Uma das mulheres afirmou, em depoimento à PF, ter recebido R$ 272.800 da UFPR. Segundo relato da suspeita, os valores foram depositados por Tânia e Conceição como forma de pagamento pela venda de joias.

Outra investigada afirmou aos policiais que recebeu R$ 78.923 da UFPR, entre 6 de junho de 2013 a 31 de outubro de 2016, em razão da venda de joias e semijoias para Conceição.

As duas suspeitas que venderam joias às servidoras da UFPR não têm vínculo com a universidade. Elas foram presas na operação e liberadas junto a outros 23 investigados, após decisão da Justiça, de sexta-feira (17).

Nova busca e apreensão

A partir dos depoimentos, o delegado da PF Felipe Eduardo Hideo Hayashi solicitou novo mandado de busca e apreensão nos endereços de Conceição, já que, no dia da operação, não foram apreendidas joias entre os pertences da servidora.

???Essas joias, todavia, não constam da apreensão realizada na data de ontem na residência de CONCEI????O MENDON??A e constituem proveito criminoso de peculato???, diz o ofício do delegado.

O juiz federal Marcos Josegrei da Silva autorizou a nova busca e apreensão nos endereços relacionados à Conceição na quinta-feira (16). No entanto, o sigilo do processo só foi retirado no início da noite de sábado (18).

No despacho, o juiz afirma que a informação prestadas pelas beneficiárias dos mais de R$ 351 mil é estarrecedora.

???Esses valores, surrupiados dos cofres públicos com desfaçatez incomum até para os já rebaixados padrões adotados nacionalmente por criminosos especializados no desvio de recursos públicos, foram utilizados para o pagamento de joias e semijoias, que comercializam, é o suficiente para autorizar nova realização de buscas e apreensões???, diz a decisão.

O magistrado ainda argumenta que os bens constituem produto do crime, comprovam a prática de ilegalidades e podem ser usados como reposição ao patrimônio público desviado.

Josegrei também determina a apreensão de dispositivo móvel de armazenamento, no qual Conceição teria feito o backup das informações de seu computador de trabalho, que também não foi localizado na primeira busca.

O mandado de busca e apreensão na casa de Conceição foi cumprido na quinta-feira e foram recolhidos computadores, joias, planilhas e pen drives.

Fonte: G1

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