Delatores da Operação Pecúlio, que investiga uma série de crimes dentro da Prefeitura de Foz do Iguaçu disseram que a campanha de 2014 da deputada estadual Cláudia Pereira (PSC) recebeu propina no esquema.
Cláudia é mulher de Reni Pereira (PSB), prefeito afastado por, segundo as denúncias, chefiar a organização criminosa que desviava dinheiro público. Ele chegou a ser preso em julho e foi solto em outubro.
Segundo a investigação, o dinheiro para financiar a campanha foi desviado de obras de pavimentação e de serviços de transporte, por exemplo. Um dos delatores afirmou que, durante a campanha, houve um almoço entre o então prefeito, ele e mais dois empresários.
No encontro, diz o delator, ficou acordado que um dos empresários doaria R$ 200 mil para a campanha de Cláudia em troca dos contratos que ele tinha com a prefeitura. Parte da propina - R$ 98 mil - foi entregue em mãos a Reni, na saída do restaurante.
Na delação consta ainda que Cláudia recebeu R$ 100 mil de propina da iluminação pública, e que funcionários públicos eram dispensados de suas tarefas para trabalhar na campanha da deputada.
Outro delator citou a existência de um "mensalinho" - pagamentos mensais, com dinheiro sujo, a vereadores do município.
Um terceiro delator disse que Reni ofereceu um cargo de secretário de Administração e R$ 5 mil para que Chico Noroeste desistisse de sua candidatura e apoiasse Cláudia Pereira.
A defesa de Cláudia Pereira afirmou que as referências a ele não estão corroboradas faticamente e ficam no plano especulativo. A defesa disse, ainda, que se houver uma investigação formal, a deputada vai esclarecer os fatos.
A defesa de Reni Pereira disse que seu cliente se encontra à disposição das autoridades para esclarecer eventuais novos fatos.
Fonte: G1