O alto faturamento no ano em que foi campeão brasileiro e acertou a venda de Gabriel Jesus fará com que o Palmeiras acelere o pagamento da dívida que tem com o agora ex-presidente Paulo Nobre. A previsão é que o valor do débito caia em mais de R$ 30 milhões graças às receitas de 2016.
No acordo costurado para o pagamento da dívida, em um prazo de até 15 anos, 10% de todas as receitas do clube são destinados a Nobre. Até outubro, o Palmeiras já havia faturado R$ 405 milhões, em valor que facilmente superará os R$ 450 milhões ao final da temporada, em dezembro.
Ao final de 2015, em informação divulgada em seu balanço patrimonial, o Palmeiras devia R$ 93,3 milhões para Nobre. Pelo acordo de pagamento, o valor é corrigido pela taxa de juros CDI, que neste ano está em pouco mais de 13%, o que reajusta a quantia para R$ 106 milhões.
Com 10% das receitas de 2016, cerca de R$ 45 milhões serão repassados a Nobre, o que baixa a dívida para a casa dos R$ 60 milhões, em uma queda três vezes maior do que a registada no último ano. Entre 2014 e 2015, o Palmeiras diminuiu a dívida em R$ 11,5 milhões, de R$ 104,8 mi para R$ 93,3 mi.
Como revelou o ESPN.com.br em maio, o dirigente voltou a colocar dinheiro no clube em 2016, para cobrir R$ 22 milhões em pagamentos que deveriam vir da Crefisa, mas esse valor não entrar na soma por que, assim que a patrocinadora retomou seus compromissos, Nobre foi ressarcido.
Dos R$ 405 milhões que o Palmeiras já arrecadou até outubro, ainda devem entrar nas receitas R$ 17 milhões de prêmio pelo título de campeão brasileiro, parcela de luvas pelo acordo de TV fechada com o Esporte Interativo e também parte do valor que o Manchester City pagará por Gabriel Jesus.
O faturamento palmeirense de 2016, aliás, pode ser o maior da história do futebol brasileiro. Em valores atualizados - e não nominal, no qual o Palmeiras já tem o recorde com R$ 405 milhões -, a arrecadação máxima de um clube do país foi a do Corinthians de 2012, com R$ 465,4 milhões.
Fonte: ESPN