Assembleia Legislativa e Câmara Municipal de Curitiba retomaram ontem as votações preocupados com o impacto que as eleições para prefeito e vereador vão causar nos trabalhos das duas casas. Na Assembleia, sete deputados são candidatos a prefeito, sendo quatro na Capital ??? Maria Victória (PP), Ney Leprevost (PSD), Requião Filho (PMDB) e Tadeu Veneri (PT). Na Câmara, 34 dos 38 vereadores vão buscar a reeleição em outubro. Mesmo assim, as direções dos dois legislativos garantem que não haverá prejuízo para as votações no período de campanha.
Apesar dessa garantia, o presidente da Assembleia, deputado Ademar Traiano (PSDB), admitiu que as sessões das quartas-feiras podem ser antecipadas para o período da manhã, para liberar os parlamentares mais cedo para a disputa eleitoral. ???Vou procurar de segunda a quarta-feira termos sessões normais. Talvez pela manhã na quarta-feira até para permitir aos deputados que possam ir para o interior???, confirmou Traiano.
O tucano admitiu ainda que deve ficar para depois da eleição a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2017, que foi suspensa no mês passado em razão do impasse na discussão sobre o reajuste salarial dos servidores públicos estaduais previsto para janeiro próximo. O governo alegou não ter como pagar o reajuste e as promoções e progressões do funcionalismo em razão da queda de arrecadação provocada pela crise econômica que atinge o País.
Os deputados da base governista se recusaram a votar uma alteração na LDO para adiar a data base dos servidores, temendo novo conflito com a categoria. Com isso, o recesso de julho foi suspenso, sob a alegação de que seria preciso esperar o Congresso votar a proposta de renegociação das dívidas dos estados. ???Eu acredito que viemos votar a LDO no mês de setembro, outubro, dentro do que já havíamos anunciado, aguardando uma decisão de uma PEC e um projeto que deve ser votado em Brasília. Pelo que li, lá também só deve ser votado após o processo eleitoral???, disse o presidente da Casa ontem.
Segundo Traiano, alguns deputados que vão disputar a eleição podem pedir licença para se dedicar à campanha. Até agora, porém, nenhum dos parlamentares candidatos oficializou pedido de afastamento de suas funções na Assembleia.
Fonte: Geovani Canabarro c/ inf. Bem Paraná