O juiz Sérgio Moro, responsável pelas ações penais da Operação Lava Jato na primeira instância, aceitou nesta quarta-feira (29) denúncia contra o ex-ministro José Dirceu e mais seis pessoas, entre elas o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e o irmão de Dirceu. Os demais réus são empresários. Todos são acusados de envolvimento em crimes cometidos na estatal.
Esta é a segunda ação relacionada à Lava Jato que tem Dirceu como réu. Na primeira, ele foi condenado 20 anos e 10 meses de prisão e recorre da decisão. Renato Duque também possui condenação. Ele recebeu pena de 20 anos e 8 meses de prisão, em regime fechado.
São réus
Carlos Eduardo de Sá Baptista (administrador da Apolo Tubulars) - Corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Eduardo Aparecido de Meira (dono da construtora Credencial) - lavagem de dinheiro.
Flávio Henrique de Oliveira Macedo (sócio da construtora Credencial) - lavagem de dinheiro.
José Dirceu (ex-ministro da Casa Civil) - lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
Luiz Eduardo de Oliveira e Silva (irmão de José Dirceu) - lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
Paulo César Peixoto de Castro Palhares (administrador da Apolo Tubulars) - corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Renato de Souza Duque (ex-diretor de Serviços da Petrobras) - lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
A denúncia contra o grupo foi apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) nesta terça-feira (28) e diz respeito a um desdobramento da 30ª etapa da Lava Jato que foi batizada de Operação Vício. Os procuradores pediram à Justiça que os denunciados paguem R$ 25,6 milhões.
O advogado Roberto Podval, que defende José Dirceu, informou que espera ser intimado oficialmente pela Justiça para se manifestar sobre o assunto. O advogado Roberto Brzezinski, defensor de Renato Duque, não atendeu à ligação do G1, que também tenta contato com os demais advogados. A partir de agora, a defesa tem dez dias para se posicionar nos autos do processo.
Alguns dos réus estão presos. ?? o caso de Dirceu e Duque ques estão no Complexo Médico-Penal, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, e Flávio Henrique de Oliveira e Eduardo Aparecido de Meira que estão detidos na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Curitiba.
Fonte: G1