O Atlético estreou com derrota no Brasileirão 2016. Neste sábado (14), o time levou 4 a 0 do Palmeiras, na Allianz Arena, em São Paulo. O jogo era válido pela primeira rodada da competição, e o placar manteve uma sina curiosa para a equipe paranaense.
Desde que voltou à primeira divisão, em 2013, o Atlético estreia com derrota quando joga fora de casa e vence quando tem o mando de campo. Em 2013, o time cai diante do Fluminense (2 a 1), no Rio de Janeiro. No anos seguinte, venceu o Grêmio (1 a 0), em Florianópolis ??? o Furacão havia cedido a Arena da Baixada para a Copa do Mundo de 2014 e teve que jogar fora de Curitiba. Em 2015, a equipe fez 3 a 0 no Internacional, na Arena.
O primeiro gol sofrido pelo Atlético ??? marcado por Roger Guedes, aos 19-1º - foi o segundo marcado no Brasileirão deste ano. Pouco antes, o meia Everton (ex-Paraná e Atlético), do Flamengo, havia anotado o primeiro gol da competição, contra o Sport. O lateral-direito Leo, expulso aos 15-2º, foi o primeiro jogador a levar um cartão vermelho no torneio.
Pelo Brasileirão, o Atlético volta a campo no domingo (22), quando pega o Atlético-MG na Arena da Baixada, às 11 horas. Antes disso, porém, a equipe paranaense joga na quarta-feira (18), quando recebe o Dom Bosco-MT, no jogo de volta pela segunda fase da Copa do Brasil. O primeiro duelo terminou 2 a 2, na Arena Pantanal.
Jogo
O Atlético começou no 4-2-3-1 já consagrado pelo técnico Paulo Autuori. Com isso, o time tentou fazer seu jogo, de toque de bola, mesmo dentro da casa do adversário. Só que o primeiro gol foi do Palmeiras, logo em seu primeiro ataque, aos 19 minutos; após uma bola lançada nas costas da defesa, Gabriel Jesus cruzou e Roger Guedes marcou. Após o gol, o time paranaense não mudou de postura, mas não conseguia mais atacar.
Aos 36 minutos, houve uma grande polêmica. Paulo André fez falta em Lucas Barrios, perto da área. O árbitro Bruno Arleu Araújo, contudo, marcou simulação de Barrios e deu-lhe cartão amarelo ??? como ele já tinha sido advertido, acabaria expulso. Só que o árbitro foi alertado através do ponto eletrônico e voltou atrás, dando a falta e livrando a cara do atacante. O Atlético não achou graça, e Paulo André e Walter levaram cartões amarelos. ???Ele estava perdidinho, cara. Quando viu que ia expulsar, ele voltou atrás. Se a gente falar, leva amarelo, mas se não falar, fica complicado???, desabafou Nikão, ao fim do primeiro tempo.
O gol e a polêmica foram as únicas emoções do primeiro tempo, que terminou com três finalizações de cada lado ??? só o Palmeiras acertou o alvo, e foi uma vez só.
Na etapa final, o Atlético nem tinha voltado a campo direito quando levou o segundo gol. Apenas 20 segundos se passaram quando Gabriel Jesus colocou a bola na rede e marcou 2 a 0. Aos 7 minutos, numa falha de marcação em cobrança de escanteio, o time paranaense levou o terceiro gol, anotado por Thiago Martins.
Autuori resolveu mexer na equipe aos 14 minutos. Trocou o volante Jadson e o meia Vinicius por Hernani e Pablo, respectivamente. Mas nem deu tempo de ver se as alterações dariam o resultado desejado. Um minuto depois, Leo derrubou Gabriel Jesus na entrada da área, levou o segundo cartão amarelo e acabou expulso.
Com três gols de desvantagem e um jogador a menos, o Atlético tentou apenas terminar a partida de forma digna, sem sofrer um placar ainda mais elástico. Pablo, que deveria ser um meia pelo lado direito, fechou a lateral. Houve alguns riscos na defesa. E, aos 42,Gabriel Jesus saiu sozinho na cara do gol e não perdoou: 4 a 0. Na parte ofensiva, o Furacão não finalizou nenhuma vez na segunda etapa.
No jogo, o time paranaense teve apenas três finalizações (nenhuma certa), contra onze (sete certas) do Palmeiras. Além disso, ficou com a bola por 39% do tempo. E teve 79% de eficiência nos passes, contra 85% do rival paulista.
Fonte: Bem Paraná