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Rádio Costa Oeste
Os laudos realizados pela Polícia Científica do Paraná e pelo Instituto Médico-Legal (IML) apontam que a causa da morte do jogador Daniel foi a facada que recebeu no pescoço. A perícia, no entanto, não conseguiu concluir se o jogador foi mutilado enquanto ainda vivo.
O jogador Daniel Correia Freitas, de 24 anos, foi encontrado morto com o pênis cortado em um matagal na área rural de São José dos Pinhais no dia 27 de outubro.
Segundo o IML, Daniel foi morto por causa dos golpes de faca que recebeu no pescoço, mas não é possível dizer se ele foi multilado enquanto ainda estava vivo.
"A degola parcial foi o motivo da morte, mas não é possível precisar qual lesão aconteceu antes e se ele tinha sinais vitais quando foi mutilado", afirmou o diretor do IML, Paulino Pastre.
O crime aconteceu após a festa de aniversário de Allana Brittes. O pai dela, Edison Brittes Júnior, confessou em depoimento à polícia que matou o jogador porque Daniel teria tentado estuprar a esposa de Edison, Cristiana Brittes.
Sete pessoas estão presas: Edison Brittes, Cristiana Brittes, Allana Brittes, Eduardo Purkote, Eduardo da Silva, Ygor King e David Willian.
Segundo a Polícia Científica, o corpo de Daniel foi carregado por mais de uma pessoa no trajeto do carro até o local onde o corpo foi encontrado. "Com sinais que encontramos no chão, é possivel dizer que mais pessoas carregaram o jogador", disse o perito criminal do local, Jerry Gandin.
"Lesões dorsais, torácicas e na coxa de Daniel apontam que provavelmente duas pessoas carregaram o jogador neste trajeto" afirmou o diretor do IML, Paulino Pastre.
Em depoimento à polícia, Edison Brittes Júnior, pai de Allana, disse que cometeu o crime sozinho.
Segundo a Polícia Civil, Eduardo da Silva, Ygor King e David Willian estavam com Edison Brittes no carro que levou Daniel até o local onde foi morto.
A criminalística também encontrou vestígios de sangue no quarto de Cristiana e no carro de Edison Brittes. Segundo o laudo, há sinais de que houve tentativa de limpeza dos locais.
A Polícia Científica identificou que a porta do quarto de Cristiana foi arrombada, mas não conseguiu precisar em que momento isso aconteceu.
O delegado da Polícia Civil Amadeu Trevisan, responsável pelo caso da morte, concluiu o inquérito nesta quarta e entregou ao MP-PR. Os laudos foram anexados ao documento.
Com a conclusão do inquérito, cabe ao Ministério Público apresentar ou não a denúncia. A partir disso, se houver denúncia e a justiça aceitá-la, os indiciados viram réus e podem ir a julgamento.
Fonte: g1