Goioerê recebe na próxima terça-feira (28), através da unidade das Aldeias SOS, um grupo composto por 60 refugiados venezuelanos. Eles ficarão abrigados na chácara da Aldeia, nos fundos do Jardim Colina Verde.

A vinda dos refugiados já gera controvérsias e divide opiniões na cidade. Enquanto uma grande parte da população pensa no aspecto solidário com um povo que saiu de seu país para buscar condições melhores de sobrevivência; outros imaginam que os venezuelanos poderão utilizar de serviços e empregos que hoje já são escassos aos goioerenses.

A chegada dos refugiados da Venezuela a Goioerê não afeta somente a entidade que fará o acolhimento. Eles demandarão uma série de outros serviços, como saúde, educação, entre outros.

O acolhimento de refugiados irá demandar, além do acolhimento, acompanhamento psicológico, aulas de português e treinamento profissional, a fim de que possam se integrar à comunidade e buscar recomeçar a vida no Brasil.

Por isso, na sexta-feira (24) foi realizada uma reunião na Secretaria de Assistência Social, com todos os organismos envolvido. No encontro, a assessoria jurídica da Prefeitura salientou que a administração não dispõe de recursos financeiros e de serviços públicos para fornecer atendimento aos imigrantes, devido principalmente ao pouquíssimo tempo de elaborar um planejamento a respeito.

Conforme informações repassadas na reunião, o convênio firmado prevê que os recursos para manter os refugiados serão provenientes do Governo Federal, em parceria com a Aldeia SOS. O grupo de 60 pessoas será formado por famílias que, conforme exposto na reunião, possuem formação escolar de nível superior e boa saúde, inclusive com vacinação em dia.

Mesmo com as informações de que haverá recursos federais para a manutenção dos venezuelanos, a Prefeitura de Goioerê está solicitando informações do Governo Federal sobre a remessa de refugiados ao município, já que não houve nenhuma consulta prévia às autoridades locais.

Fonte: O Bem Dito