106,5 FM
Rádio Costa Oeste
Tem que haver algo estranho no negócio milionário dos pedágios no Paraná. É impossível custar tão caro pra trafegar, muitas vezes em vias de pista simples, como ocorre em boa parte da BR 277 e nas rodovias estaduais.
Viajei recentemente do Paraná para o Rio Grande do Sul, passando por Santa Catarina e depois do pedágio entre Céu Azul e Santa Tereza do Oeste, foi pago apenas um pedágio entre Santa Tereza e Capão da Canoa, litoral gaúcho.
De São Miguel do Oeste, cruzando pela fronteira de SC e RS, entre Palmitos e Irai, seguindo pela rodovia que vai em direção a Caxias, saindo na Rota do Sol, entrando na Interpraias: um pedágio.
Indo de Foz do Iguaçu a Cascavel, três pedágios.
Agora, começa eclodir as suspeições de superfaturamento em obras, lavagem de dinheiro e muitas outras barbaridades envolvendo as concessões no estado. A Lava-Jato avança.
Que as investigações, as prisões, as denúncias, sejam a ponta do iceberg que resultem na diminuição drástica dos valores praticados de forma tão agressiva contra o povo paranaense.
E quanto dinheiro foi pago nos caros pedágios, de forma totalmente injusta.
Um dia um amigo advogado me disse pra guardar os bilhetinhos que a gente recebe quando paga o pedágio, que poderia acontecer uma devolução coletiva, uma espécie de ressarcimento.
Acho que tenho alguns exemplares. Vai que, né, talvez.
Fonte: Elder Boff