De acordo com o delegado, o preso pode ter se misturado aos familiares dos demais detentos, que fizeram uma visita no sábado (23). "A informação preliminar é de que ele teria saído pela porta da frente, como saem todas as visitas", conta.

Não foram divulgadas imagens da fuga, mas Maciozek confirmou que apura a possibilidade de que a fuga tenha sido facilitada por algum agente carcerário. "Foi aberto um inquérito para apurar se houve eventual facilitação, culposa ou dolosa, de alguém na fuga dessa pessoa", diz.

A carceragem da 14ª superintendência é gerenciada pelo Departamento Penitenciário do Paraná (Depen). Segundo o delegado, embora a polícia ocupe o mesmo prédio, a segurança dos presos não é de responsabilidade dos policiais civis.

"A lei estabelece que quem tem a gestão dos presos é o Depen. E aqui em Guarapuava é o Depen quem administra, quem gerencia a cadeia aqui, embora estejamos todos no mesmo espaço físico", afirma o delegado.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, a carceragem do local está superlotada. O espaço foi projetado para abrigar 166 pessoas, mas já tem 350 atualmente.

O foragido é suspeito de roubar e matar um homem em julho deste ano. O corpo da vítima foi encontrado em uma área rural de Guarapuava, enquanto o carro dela foi achado em outro local da cidade.

O homem estava detido desde novembro deste ano, pelo caso. Caso seja condenado, ele pode pegar pelo menos 20 anos de prisão, pelos crimes de latrocínio, que é o roubo seguido de morte, e ocultação de cadáver.